Pedagogia da decolonialidade: Um debate acerca do epistemicídio e uma educação antirracista como antídoto
Palavras-chave:
Decolonialismo. Antirracismo. Filosofia. Educação.Resumo
Resumo
Como resultado de séculos de explorações, o racismo estrutural se faz presente nas sociedades que foram vitimadas pelas invasões europeias. Ele se mantém vigente de maneira “naturalizada” com o auxílio das instituições do Estado e das mídias como um todo, que corroboram diretamente para formação desse tipo de cultura, disseminando a imagem do negro e dos povos originários de maneira estereotipada. Além do mais, como consequência desse colonialismo, a mulher também foi colocada em situação de subalternidade e teve suas capacidades intelectuais questionadas, algo que se agrava ainda mais quando se refere a mulher negra, considerada nesse processo como “não humana”. Se, por um lado, é dentro das instituições de ensino que o chamado epistemicídio de raça e gênero acontecem em prol do conhecimento eurocêntrico, produzido pelo homem branco, enquanto gênero. Por outro, é nessas mesmas instituições que se têm um grande poder de enfrentamento tanto ao racismo, como ao machismo estruturantes, sobretudo, é por via de uma educação que se disponha à uma pluralidade epistemológica que tais problemáticas oriundas da modernidade podem ser diluídas.
Referências
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARNEIRO, Sueli. Trecho de matéria de 2007 - Espelho com Lazaro Ramos. In. Epistemicídio. Portal Geledes, 4. Setembro, 2014. Disponível em: https://www.geledes.org.br/epistemicidio/. Acesso em 05/09/2020.
GROSFOGUEL, Ramón. (2016), A estrutura do conhecimento nas universidades ocidentalizadas: racismo/sexismo epistêmico e os quatro genocídios/epistemicídios do longo século XVI. Revista Sociedade e Estado – Volume 31, Número 1. Janeiro/Abril.
HOOKS, Bell. (2019), Olhares negros: raça e representação. São Paulo: Elefante.
LUGONES, María. (2014), Rumo a um feminismo descolonial. Estudos Feministas, Florianópolis, 22(3): 320.
NOGUERA, Renato. (2014), O ensino de filosofia e a lei 10.636. Rio de Janeiro: Pallas.
SANTOS, Boaventura Sousa. (2014), O direito dos oprimidos. São Paulo: Cortez.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgardo (org). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latinoamericanas. Buenos Aires, Colección Sur Sur, 2005, pp.107-130. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2591382/mod_resource/content/1/colonialidade_do_saber_eurocentrismo_ciencias_sociais.pdf. Acesso em 5/9/20020.
RIBEIRO, Djamila. (2019). Pequeno manual antirracista. São Paulo: Scharcz.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença CreativeCommonsAttribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
POLÍTICA DE PRIVACIDADE
Os nomes e endereços informados nesta revista serão usados exclusivamente para os serviços prestados por esta publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros.