O MODELO BIOMÉDICO DOS CORPOS BRANCOS CISHETERONORMATIVOS E AS BARREIRAS DE ACESSO À SAÚDE PARA OS CORPOS DESVIANTES
Palavras-chave:
estresse de minorias, opressões, saúde coletiva, saúde pública, medicina.Resumo
O modelo biomédico vigente seria mais uma forma de necropolítica? Os pressupostos do necropoder tratados por Achille Mbembe (2019) podem dialogar com essa perspectiva. A discriminação de corpos para impedir o acesso à saúde se constitui em mais uma forma de subjugação da vida ao poder da morte, se não pela ação das armas, mas pelas barreiras de acesso aos serviços de saúde, com o aniquilamento da vida por uma miríade de enfermidades. Negros, indígenas, pessoas com deficiência e população LGBTQIA+ encontram obstáculos para obterem assistência médico-hospitalar que são decorrentes de questões estruturais próprias do modelo econômico vigente desde a modernidade. As barreiras de acesso são elucidadas em detalhes pelo olhar da interseccionalidade. Discute-se no artigo a alternativa de formação de profissionais de saúde em medicina de família e de comunidade como outro paradigma para a assistência universal, equitativa e integral dos serviços de saúde, nos marcos da luta anticapitalista.
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