Produção de subjetividades críticas e contra hegemonia em cineclubes na Baixada Fluminense: uma abordagem cartográfica e psicossocial
Palavras-chave:
psicossociologia, cineclubes, Baixada Fluminense, subjetividades críticas, contra hegemoniade sentido, narratividade.Resumo
O artigo investiga os processos de constituição de subjetividades críticas em cineclubes na Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, Brasil. A pesquisa se concentra nas práticas coletivas desses grupos e na constituição de enunciados contra-hegemônicos. Foram entrevistados membros fundadores e participantes de três cineclubes na região. O estudo procura compreender como essas iniciativas se inscrevem na constituição dos sujeitos, considerando o contexto de surgimento dessas iniciativas e o fortalecimento de políticas públicas para a democratização do acesso à cultura. Os cineclubes são vistos como espaços de criação de significados, rompimento e produção de sentido. O artigo utiliza a interlocução entre cultura, discurso e poder, bem como conceitos de sujeito e modos de subjetivação. A pesquisa segue uma abordagem metodológica baseada nos estudos cartográficos e na psicossociologia latino-americana com o objetivo de incluir a Baixada Fluminense no âmbito da pesquisa acadêmica sob a ótica da produção de subjetividades críticas, deslocando o olhar de sujeição para um olhar de produção de vida desses sujeitos e territórios.
Referências
ALVAREZ, A.; PASSOS, E. Cartografar é habitar um território existencial. In: PASSOS, E; KASTRUP, V; ESCÓSSIA, L (org) Pistas do método da cartografia – pesquisa intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre. Ed. Sulina, 2010.
ALVES, G. MACEDO,. Cineclube, Cinema e Educação. Editora Práxis, Londrina, 2010.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70 ; 2011
BARROS, L; KASTRUP, Virgínia. Cartografar é acompanhar processos. In: PASSOS, Eduardo; KASTRUP, Virgínia; ESCÓSSIA, Liliana da. (Orgs.). Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2012.
CASADORE, M. M. "Psicossociologia e Intervenção Psicossociológica: alguns aspectos da pesquisa e da prática". In: EMIDIO, T.; HASHIMOTO, F. "Psicologia e seus campos de atuação: demandas contemporâneas". São Paulo: Cultura Acadêmica, 2013
DUARTE, R. Entrevistas em pesquisas qualitativas. Educar, Curitiba, n. 24, p. 213-225, 2004. Editora UFPR
ENNE, A. L. A “redescoberta” da Baixada Fluminense: Reflexões sobre as construçõesnarrativas midiáticas e as concepções acerca de um território físico e simbólico. pragMATIZES 116 - Revista Latino Americana de Estudos em Cultura, Ano 3, número 4, p.6-27, 2013. Disponível em https://periodicos.uff.br/pragmatizes/article/view/10356. Acesso em 09/08/2021.
FEDERICI, S. Calibã e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva (Coletivo Sycorax, trad.). São Paulo: Editora Elefante, 2017.
FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, 23 Edição, 2007.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 2020.
GONZALEZ, L. Por um feminismo afrolatinoamericano. REVISTA ISIS INTERNACIONAL. Santiago, Chile/DAWN/MUDAR, 1998
GOUVÊA, M. J. M.. Com a palavra mate com angu: uma intervenção estética no município de Duque de Caxias. Dissertação para o Mestrado Profissional em Bens Culturais e Projetos Sociais - FGV - Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, 2007. Acesso em: 23 Fev 2021. Disponível em: http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/2100
GUATTARI, F.; ROLNIK, S. Micropolítica: Cartografias do Desejo. Petrópolis: Vozes, 1999.
HALL, S.. A centralidade da cultura: notas sobre as revoluções de nosso tempo. Educação e Realidade, v. 22, n. 2, pp. 15-46. 1997.
HENNIGEN, Inês; GUARESCHI, Neuza Maria de Fátima. A subjetivação na perspectiva dos estudos culturais e foucaultianos. Psicol. educ., São Paulo , n. 23, p. 57-74, dez. 2006 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-69752006000200004&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 09 ago. 2021.
LARROSA, J. B. Notas sobre a experiência e o saber da experiência. Revista Reflexão e Ação, Santa Cruz do Sul, v.19, n2, p.04-27, jul./dez. 201.
MACHADO, R. Por uma genealogia do poder. In: FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, 23 Edição, 2007, p.vii-xxiii.
MANSANO, S. R. V. (2010). Sujeito, subjetividade e modos de subjetivação na contemporaneidade. Revista de Psicologia da UNESP, 8(2). http://www2.assis.unesp. br/revpsico/index.php/revista/article/viewFile/139/172
MARTÍN-BARÓ, I. O papel do Psicólogo. Estudos de Psicologia. 1997, v. 2, n. 1 [Acessado 09 Agosto 2021] , pp. 7-27. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1413-294X1997000100002>. Epub 16 Maio 2001.
MATELA, R. Cineclubismo – Memórias dos Anos de Chumbo. Luminária Academia, Rio de Janeiro, 2008. RAMOS, Fernão (Org.). História do Cinema Brasileiro. São Paulo, 1990.
PASSOS, E; BARROS, R. B. A cartografia como método de pesquisa-intervenção. In: PASSOS, E; KASTRUP, V; ESCÓSSIA, L (org) Pistas do método da cartografia – pesquisa intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre. Ed. Sulina, 2010.
POZZANA DE BARROS, L; KASTRUP, V. Cartografar é acompanhar processos. In: PASSOS, E; KASTRUP, V; ESCÓSSIA, L (org) Pistas do método da cartografia – pesquisa intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre. Ed. Sulina, 2010.
RAMOS, F.; e MIRANDA, L. Enciclopédia do cinema brasileiro. São Paulo: Editora Senac, 2000.
RAMOS, Fernão (Org.). História do Cinema Brasileiro. São Paulo, 1990.
SOUZA, A. C. Cineclubismo no Brasil: visões de ontem e perspectivas do contemporâneo. Dissertação de defendida no curso de graduação em Estudos de Mídia da Universidade Federal Fluminense.Niterói, 2011.
TAKEITI, B. A.; VICENTIN, M. C. G. Juventude(s) periférica(s) e subjetivações: narrativas de (re)existência juvenil em territórios culturais. FRACTAL: REVISTA DE PSICOLOGIA, Niterói, v. 31, n. esp., 2019.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Revista Estudos Libertários
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença CreativeCommonsAttribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
POLÍTICA DE PRIVACIDADE
Os nomes e endereços informados nesta revista serão usados exclusivamente para os serviços prestados por esta publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros.