“COMECEI A ME EMPODERAR E ME SENTIR NEGRA POR CONTA DA OCUPAÇÃO”: A PRESENÇA DO FEMINISMO NEGRO NO OCUPA CAIRU”
Palavras-chave:
Feminismo Negro, Ocupação, Rio de Janeiro, Demanda, Estudantes Negras.Resumo
Este estudo baseia- se numa pesquisa que entrevistou estudantes negras ocupantes de escola pertencentes ao “Ocupa Cairu”, investigando as demandas e subjetivações da construção da identidade negra e o processo de “tornar-se negra” através do contato com o debate sobre o Feminismo Negro. A metodologia empírica utilizada consistiu na análise de entrevistas semi estruturadas durante o ano de 2016, momento da eclosão do movimento de ocupações de escola no estado do Rio de Janeiro. O quadro teóricos e alicerçou nos estudos de intelectuais negras e na perspectiva decolonial, utilizando autoras como: Souza.(1983), hooks (2022), Carneiro (2003) e Crenwshaw (2012). Gomes (2012), embasando-se em categorizações importantes para compreensão desta construção da identidade e movimento de mulheres negras. Em suma, verificamos que demandas de ordem de desejo das ocupantes negras foram enunciadas em assuntos relacionados a corporiedade e estética do corpo negro, preterimento dos afetos, ativismo político, hipersexualização do corpo da mulher negra e pertencimento da cultura afro brasileira.
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