POR UMA TEORIA DAS RUAS: UMA ANÁLISE DE UM MUNDO EM CHAMAS

Autores/as

  • Guilherme Santana
  • Juan Filipe L Magalhães

Palabras clave:

manifestações políticas, ocupações, greves, revoltas, insurgências, teoria das ruas.

Resumen

O presente artigo tem como objetivo historicizar e teorizar, com base na lente teórica do pensamento político e filosófico libertário, uma série de greves, protestos, revoltas populares e ocupações que compõem em nossa tese um conjunto de acontecimentos ignorados, menosprezados pela academia ao longo da história. Esses movimentos, quando recebem alguma atenção, são tratados de forma isolada, o que dificulta uma análise mais holística, que é o objetivo deste artigo. Os eventos supracitados se sucedem desde a Revolução Industrial e avançam até o nosso cotidiano em diversas partes do globo, o que evidencia a necessidade de compreender a existência de uma teoria das ruas em um momento em que as propostas marxistas de constituir uma teoria para as ruas são amplamente questionadas.

Biografía del autor/a

Guilherme Santana

 

Doutorando em História Comparada no Programa de Pós-Graduação em História Comparada do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGHC-IH-UFRJ); membro-pesquisador do Observatório do Trabalho na América Latina (OTAL); Mestre em Educação no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGE-UFRJ). Professor da rede Estadual de Educação do Rio de Janeiro. Bolsista Capes.

 

 

 

Juan Filipe L Magalhães

Doutorando no Programa de Pós-Graduação em História Comparada (PPGHC) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);  Mestre em História pela mesma instituição. Pós-Graduado pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em Gestão da Cadeira de Suprimentos e Logística. membro-pesquisador do Observatório do Trabalho na América Latina (OTAL); Professor da Faculdade Lusófona do Rio de Janeiro. Bolsista Capes

Citas

BAKUNIN, Mikhail (2008). O princípio do Estado e outros ensaios (org. e trad. Plínio Augusto Coelho). São Paulo: Hedra.

CASTELLS, Manuel (2017). Redes de indignação e esperança: movimentos sociais na era da internet. Rio de Janeiro: Zahar.

CORRÊA, Erick; MHEREB, Maria Teresa (Org.) (2018). 68: como incendiar um país. São Paulo: Veneta (Coleção Baderna).

GALLO, Silvio (2007). Pedagogia libertária: anarquistas, anarquismos e educação. São Paulo: Imaginário: Editora da Universidade Federal do Amazonas.

GRAEBER, David (2015). Um projeto de democracia. São Paulo: Paz e Terra.

GRAEBER, David (s/d). O Anarquismo no século 21 e outros ensaios. Adaptado do e-book editado por Rizoma Editorial.

HILSENBECK FILHO, Alexander; SPINELLI, Lucas Gebara (2012). Zapatismo: pedagogia da autonomia e prática da liberdade. In: RODRIGUES, Fabiana C.; NOVAES, Henrique T.; BATISTA, Eraldo L. São Paulo (orgs.). Movimentos Sociais, Trabalho Associado e Educação para além do Capital. São Paulo: Outras Expressões.

KROPOTKIN, Piotr (2005). Palavras de um Revoltado. São Paulo: Editora Imaginário.

LENOIR, Hugues (2017). Autogestão pedagógica e educação popular: a contribuição dos anarquistas. São Paulo: Intermezzo Editorial.

MAKHNO, Nestor; SKIRDA, Alexandre; BERKMAN, Alexandre (2001). Nestor Makhno e a Revolução Social na Ucrânia. São Paulo: Editora Imaginário.

MINTZ, Frank (2006). O anarquismo social. São Paulo: Imaginário.

MORAES, Wallace de (2018a). Governados por quem? Diferentes plutocracias nas histórias políticas de Brasil e Venezuela. Curitiba: Editora Prismas.

MORAES, Wallace de (2018b). 2013 – Revolta dos Governados: ou, para quem esteve presente, revolta do vinagre. Rio de Janeiro: WSM Edições.

________________(2019) Você precisa ser governado? Uma crítica anarquista, quilombista e indigenista das bases centrais do colonialismo. Rio de Janeiro. WSM edições. No prelo.

ÖCALAN, Abdullah (2016). Confederalismo Democrático. Rio de Janeiro: Rizoma.

PESCHANSKI, João Alexandre (2012). Os “ocupas” e a desigualdade econômica. In: HARVEY, David (Org.). Occupy: movimentos de protesto que tomaram as ruas. São Paulo: Boitempo: Carta Maior.

RODRIGUES, Glauco Bruce (2004). Territórios libertários: a experiência anarquista de autogestão na cidade de Barcelona durante a guerra civil espanhola (1936 – 1939). In: CIDADES, Revista Científica/Grupo de Estudos Urbanos – Vol. 1, n. 1, 2004. Presidente Prudente: Grupo de Estudos Urbanos – v.9, n. 15.

SILVA, Peterson Roberto da (2018). O Anarquismo e a Legitimidade: tensões pós-modernas. Dissertação de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

VASSILEV, Pano (2008). A ideia dos sovietes. São Paulo: Editora Imaginário.

Publicado

2019-11-17