Filosofia como abertura de caminhos: contribuição ao processo de descolonização libertária do pensamento, (en)cruzando práticas políticas e conceituais.
Mots-clés :
Contracolonização, Decolonialidade, Anarquismo, Filosofia Exusíaca, Cosmopolítica,Résumé
Este ensaio promove uma releitura de minha dissertação de mestrado (2019, sobre filosofia yanomami), impulsionada pela disciplina “Por um paradigma filosófico negro, indígena, decolonial e libertário”, cursada no primeiro semestre de doutorado (2021). Entrelaçando tais discussões com os objetivos da pesquisa atual: articular uma filosofia “exusíaca” para as perspectivas decoloniais e anarquistas, entendendo-as como elementos indissociáveis da práxis libertária e cosmopolítica. Compreendendo a filosofia enquanto prática criativa, procurei resumir conceitualmente os caminhos da dissertação, refletir (auto)criticamente sobre seus equívocos e lacunas e construir uma escrita dialógica, aberta e plural. Orientados pela metodologia dos “cruzos” (Simas & Rufino) ensaiamos uma dança teórica, no meio de uma encruzilhada conceitual e militante, onde “baixassem” as palavras de referências muito distintas entre si (sobretudo, Antônio Bispo dos Santos, Isabelle Stengers, Renato Noguera, Piotr Kropotikin, Wallace de Moraes, Pierre Clastres, Muniz Sodré, Mbah & Igariwey), aproximadas pela experiência do pensamento crítica e criativa de propor/abrir novos caminhos aos textos e práticas antirracistas, anticapitalistas e anticoloniais.
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