ESTUDOS DECOLONIAIS: PRÁTICAS INTERCULTURAIS NO VALE DO RIBEIRA (SP) - PROPOSIÇÕES PARA UM FEMINISMO AGROECOLÓGICO

Auteurs

  • Paula Simone Busko Universidade Federal de Santa Catarina

Résumé

O artigo situa-se no contexto de uma pesquisa intitulada Feminismo Agroecológico: Historicidade, Interculturalidade e Multilinguismo no Vale do Ribeira (SP), desenvolvida no âmbito dos estudos decoloniais, tendo como um seus principais objetivos analisar quais os modos de ser, dizer e fazer decoloniais de mulheres que constituem o movimento chamado feminismo agroecológico no Vale do Ribeira (SP). Dar destaque às narrativas de mulheres que constituem os sujeitos dos discursos que configuram um feminismo agroecológico é dar possibilidades de ressaltar as escrevivências decoloniais daquelas mulheres enquanto personagens que caminham para a busca da alteridade.

Biographie de l'auteur

Paula Simone Busko, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutoranda em Educação Científica e Tecnológica (PPGECT-UFSC); Mestre em Educação e Formação - História, Política e Gestão das Instituições Escolares (UNISANTOS-SP); Especialização em Educação Ambiental e Especialização em Marketing; Participação em Grupos de Pesquisa da UFSC: DICITE (Discursos da Ciência e Tecnologia) e Literaciências (Literatura, Decolonialidade e Ensino de Ciências).

Références

ALMEIDA, J., MIGLIEVICH-RIBEIRO, A., GOMES, H.T. Crítica pós-colonial: panorana de leituras contemporâneas. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2013.

BALLESTRIN, L. América Latina e o Giro Decolonial. Revista Brasileira de Ciência Política, Brasília, n.11, 2013, maio-agosto (pp. 89-117). Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-33522013000200004&script=sci_abstract&tlng=pt> Acesso em 4 de out. de 2019.

CÈSAIRE, A. Discurso sobre o colonialismo. Blumenau: Letras Contemporâneas, 2010.

CHABARIBERY, D. Desenvolvimento sustentável na Bacia do Riberia de Iguape – diagnóstico das condições sócio-econômicas e tipificação dos municípios. Informações Econômicas, São Paulo, 2004, v. 34, n. 9. Disponível em: <http://www.iea.sp.gov.br/out/publicacoes/pdf/espec1-0904.pdf> Acesso em 7 de jan. de 2019.

COUTO, H. O paradigma ecológico para as ciências da linguagem: ensaios ecolinguísticos clássicos e contemporâneos. Goiânia: Editora UFG, 2016.

CHARTIER, R. A História Cultural: entre práticas e representações. Tradução de Maria M. Galhardo. Rio de Janeiro: Bertrand d Brasil, 1990.

DUSSEL. E. Europe, modernity and eurocentrism. Nepantla: Views from South, 2000, v. 13 (p. 465-478). Disponível em: <http://www.unc.edu/~aescobar/wan/wandussel.pdf> Acesso em 21 de jun. 2019.

____. Filosofia da Libertação: Crítica à ideologia da exclusão. São Paulo: Paulus, 1995.

EVARISTO, C. Becos da Memória. Rio de Janeiro: Pallas, 2017.

FANON, F. Os Condenados da Terra. Juiz de Fora: Ed. UFJF, 2010.

FISHMAN, J. A. Critiques of language planning: Minority languages perspective. Journal of Multilingual and Multicultural Development. 1994, ed. 15, p. 91–99.

FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. Ed. 47ª. Petrópolis: Vozes, 2005.

GROLLI, D. Alteridade Feminino. São Leopoldo: Nova Harmonia, 2004.

GOMES, A. C.(Org). Escrita de si, escrita da História. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004.

GONÇALVES, A. Desenvolvimento Econômico da Baixada Santista. Santos: Edit. Universitária Leopoldianum, 2006.

GUZMÁN, E. S.; MOLINA, M. G. Sobre a evolução do conceito de campesinato. Tradução de Ênio Guterres e Horacio Martins de Carvalho (ed. 3ª). São Paulo: Expressão Popular, 2005.

HABERMAS, J. Knowledge and Human Interests. Cambridge: Polity Press, 1987.

HAUGEN, E. The ecology of language. California: Edited by A.S. Dil/Stanford University Press, 1972.

LIRA, L.M.L. Colonialidad y decolonialidad en la literatura indígena mexicana: El pensamiento fronterizo en Natalio Hernández . Disponível em: <http://www.red-redial.net/revista/anuario-americanista-europeo/article/viewFile/128/148> Acesso em 5 de jun. de 2019.

MACHADO, L. C. P; MACHADO FILHO, L. C. P. A dialética da agroecologia – Contribuição para um mundo com alimentos sem veneno. São Paulo: Expressão Popular.

MALDONADO-TORRES, N. A Topologia do Ser e a Geopolítica do Conhecimento: Modernidade, Império e Colonialidade. In: SANTOS, B. S.;

MENEZES, F. C. S. O multilinguismo e as novas tecnologias das línguas no século XXI. Belas Infiéis (UNB), 2015, v. 4, n. 1, p. 85-98.

MANANZAN, M. J. Socialização Feminina: mulheres como vítimas e colaboradoras. In: FIORENZA, E. S. (Org.). Violência contra a mulher. (Concilium/252 – 1994/2: Teologia Feminista), São Paulo: Vozes, 1994.

MENDES, E. De(s)colonizando Saberes – Interculturalidade Crítica. Seminário Docente. Florianópolis, SC, Brasil: PPGECT/UFSC, 2018.

MURARO, R., BOFF, L. Feminino Ɛ Masculino: Uma nova consciência para o encontro das diferenças. São Paulo: Record, 1989.

NEXO JORNAL. Conceição Evaristo: ‘minha escrita é contaminada pela condição de mulher negra’. Entrevista. (ed. de maio). Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/entrevista/2017/05/26/Concei%C3%A7%C3%A3oEvaristo-%E2%80%98minha-escrita-%C3%A9-contaminada-pela-condi%C3%A7%C3%A3ode-mulher-negra%E2%80%99> Acesso em 21 de jun. De 2019. OCAÑA, A.O., LOPEZ, M. I. A., CONEDO, Z. P. Metodología ‘otra’en la investigación social, humana y educativa. El hacer decolonial como proceso decolonizante. Revista FAIA, 2018, v. 7, n. 30, p.172-200. Disponível em: <http://editorialabiertafaia.com/pifilojs/index.php/FAIA/article/view/146> Acesso em 4 de fev. de 2019.

OLIVEIRA, G. M. Línguas de Fronteira, Fronteiras de Linguas: Do Multilinguismo ao Plurilinguismo nas Fronteiras do Brasil. GeoPantanal (UFMS). 2016, p. 59-71. Disponível em: < http://seer.ufms.br/index.php/revgeo/article/view/2573/2347> Acesso em 6 de abr. de 2019.

OLIVEIRA, G.M.; SILVA, J. I. Quando barreiras linguísticas geram violação de direitos humanos: que políticas linguísticas o Estado brasileiro tem adotado para garantir o acesso dos imigrantes a serviços públicos básicos? Gragoatá. Niterói, v.22, n. 42, 2017, p. 131-153. Disponível em: <http://www.gragoata.uff.br/index.php/gragoata/article/view/909> Acesso em 13 de abr. de 2019.

PERES, F.M.P. “Sem feminismo não há agroecologia!”. Justificando, 2017. Disponível em: <http://www.justificando.com/2017/05/17/sem-feminismo-nao-ha-agroecologia/> Acesso em 20 de jun. de 2019.

PESAVENTO, S. J. História & História Cultural. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2007.

POLLAK, M. Memória e Identidade Social. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 5 n.10, 1992, p. 200.

ROLIM, Liz C. Semeadoras da Esperança – “A.L.A. – Uma Forma de Educar”. São Paulo: Loyola, 1998,

SANTOS, B. S. de. Conhecimento prudente para uma vida decente: ‘um discurso sobre as ciências’ revisitado. São Paulo: Cortez, 2004, p. 667-709.

SANTOS, B. S. Um discurso sobre as ciências. Ed. 7. São Paulo: Cortez, 2010, 92 p.

SANTOS, M. Espaço e Método. (ed. 5). São Paulo: EDUSP, 2014.

SAORI, S. O Território Ameaçado: Vale do Ribeira/SP. Debates Feministas. SOF. n. 11, set. Disponível em: <http://www.sof.org.br/2018/09/27/o-territorio-ameacado-vale-do-ribeirasp/SEMPRE VIVA ORGANIZAÇÃO FEMINISTA (SOF).(1998). Gênero e Agricultura Familiar. Disponível em: <http://www.sof.org.br/a-sof/#a-sof> Acesso em 3 de nov. de 2019.

SILIPRANDI, E. Mulheres e Agroecologia: transformando o campo, as florestas e as pessoas. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2015. Disponível em: < http://www.mda.gov.br/sitemda/sites/sitemda/files/ceazinepdf/MULHERES_E_AGROECOLOGIA_TRANSFORMANDO_O_CAMPO_AS_FLORESTAS_E_AS_PESSOAS_0.pdf> Acesso em: 20 de jun. de 2019.

SILVA, M. A. M. Errantes do Fim do Século. São Paulo: Fundação Editora da Unesp, 1999.

SPIVAK, G. C. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2010.

WALSH, C. Interculturalidade Crítica e Pedagogia Decolonial: In-surgir, re-existir e re-viver. In: V. M. Candau. Educação intercultural na América Latina: Entre concepções, tensões e propostas. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2009. Disponível em: <https://docs.google.com/document/d/1GLTsUp2CjT5zIj1v5PWtJtbU4PngWZ4H1UUkNc4LIdA/edit> Acesso em: 12 de mar. De 2019.

____. Interculturalidade crítica y pegagogía de-colonial: apuestas (des) de el in-surgir, re-existir e re-vivir. Coleção Digital. PUC-Rio, 2012. Disponível em: <https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/13582/13582.PDF> Acesso em 30 de jun. 2019.

____. Pedagogías decoloniales caminhando y preguntando. Notas a Paulo Freire desde Abya Yala. Revista Entramados – Educación y Sociedad, 2014. Disponível em: <http://www.reduii.org/cii/sites/default/files/field/doc/Catherine%20Walsh%20%20Pedagog%C3%ADas%20Decoloniales.pdf > Acesso em 21 de out. 2019.

WILLIAMS, R. Cultura e Sociedade, 1780-1950. São Paulo: Nacional, 1969.

Publiée

2020-07-10

Numéro

Rubrique

Artigos