EDUCAÇÃO LIBERTÁRIA E SOCIABILIDADE OPERÁRIA NO SINDICATO: A EXPERIÊNCIA DA UNIVERSIDADE POPULAR DE ENSINO LIVRE NO RIO DE JANEIRO (1904)
Mots-clés :
universidade popular, educação libertária, sindicalismo, anarquismo, circularidade cultural.Résumé
Apresenta-se a experiência educativa libertária da Universidade Popular de Ensino Livre (UPEL), no âmbito do associativismo operário do Rio de Janeiro, em 1904. Tal organização foi construída para a educação popular em ação direta, de maneira autogestionária no espaço de sociabilidade do sindicato, por trabalhadores e intelectuais, alguns conhecidos anarquistas. Objetiva-se discutir os seus precedentes históricos na cidade, no que se refere à ideia de “instrução” para os operários, entre a segunda metade do século XIX e o início do XX. Nesta experiência autonomista, analisam-se ainda as interlocuções referentes ao conceito de Universidade Popular na França, para explorar as características de preparação, organização e funcionamento da UPEL no seu território, mobilizando os conceitos inter-relacionados de circularidade e de ressignificação das ideias anarquistas.
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