Os sete ensaios de Mariátegui e os rios profundos de arguedas: tensões do processo da literatura no Peru

Autores/as

  • Iuri Almeida Müller

Resumen

Este ensaio busca discutir como as ideias de José Carlos Mariátegui sobre o processo da literatura no seu país, reunidas no livro Siete ensayos de interpretación de la realidad peruana, e mais especificamente sobre a questão do indigenismo e da representação da região peruana dos Andes, poderão ser reconhecidas, trinta anos mais tarde, no romance Los ríos profundos, de José María Arguedas. Arguedas é tratado pela crítica literária como representante do que seria chamado de neoindigenismo no seu país e um dos escritores peruanos de maior alcance e prestígio no século XX. Defendo, neste trabalho, que esta relação não se dá de maneira mecânica e tampouco ocorre, toda ele, de forma consciente – trata-se, em primeiro plano, de consequências naturais do desenvolvimento da literatura peruana, de características e artifícios narrativos que acabam por se encontrar no romance publicado em 1958.

 

Palavras-chave: José Carlos Mariátegui; José María Arguedas; literatura latino-americana.

 

Publicado

2019-03-19