Corpo/casa/território
Resumo
No projeto CORPO/CASA/TERRITÓRIO, busco traçar relações entre corpo, espaço, memória e paisagem, fazendo paralelos entre a superfície terrestre e a superfície do corpo humano.
À medida em que caminhamos pelo mundo e nele deixamos nossas marcas, nossas vivências geram também impressões visíveis em nós. O corpo então é pensado como parte da paisagem do mundo e ao mesmo tempo como suporte de memória dessas trajetórias. Os autorretratos a seguir são parte do projeto. Neles, sobreponho a fotografia de um conjunto de pintas na minha pele aos mapas de locais importantes para a minha vida, como as cidades em que morei, lugares onde estudei, trabalhei e frequentei e os movimentos pendulares que fiz diariamente durante alguns anos de minha vida.
Faço algumas intervenções conectando essas pintas e pontos nos mapas, como se faz com constelações estelares, gerando demarcações de territórios que, de certa maneira, me pertencem, mas aos quais não necessariamente sinto pertencimento, visto que estou sempre de passagem. Curiosamente, alguns pontos geográficos marcados nos mapas por pintas e cruzamentos, com os quais eu não tinha relação, vieram a se tornar locais de moradia e trabalho posteriormente.
Indo além, penso nas pintas como marcas que surgem a partir de uma determinação genética, carregando memórias de outras gerações. Penso nas impressões digitais e as linhas das mãos, na prática milenar da quiromancia e sua relação com uma iminência de futuro. O que é possível descobrir a partir da cartografia de um corpo?
Técnica: Colagem digital
Ano: 2022
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