A Redenção dos Excluídos
Resumo
Esta alegoria dialética faz parte do resultado prático da pesquisa de mestrado realizada no PPGD/EBA/UFRJ cujo tema problematizou a pintura histórica oficial brasileira outrora confeccionada como arte propaganda do Império do Brasil (1822 – 1889). Especificamente, referimo-nos a composições consagradas como Independência ou Morte! (1888) do pintor acadêmico Pedro Américo de Figueiredo Mello (1843 – 1905), Retrato de D. Pedro I (1830) de Simplício de Sá (1785 – 1839), dentre outras que não cessaram de elevar a imagética do Império por meio das artes.
O trabalho visual explora o conceito de alegoria à luz do ensaísta e roteirista de histórias em quadrinhos Thierry Smolderen para a partir disso “escovar a história a contrapelo” (BENJAMIN, 1996, p. 225). Recontar a história sob este princípio defendido por Walter Benjamin (1892 – 1940) em suas teses Sobre o conceito de história (1940) nos possibilita olhar a iconografia oficial brasileira de maneira crítica, produzindo portanto dialética.
LUGARES QUE NOS HABITAM é o imaginário linear que a pintura histórica produz no sujeito, havendo, portanto, a necessidade de um despertar dialético capaz de repensá-los "a contrapelo". Rever dialeticamente estes lugares é também rememorar um passado “esquecido, perdido, recalcado ou negado” (GAGNEBIN, 2009, p. 2) pela homogeneidade histórica oficial que diante do tempo
omitiu a participação de muitos atores (indígenas, afrodescendentes entre outros) em momentos importantes da história.
Técnica: Montagem e ilustração digital
Ano: 2023
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