O que nos invade

Auteurs-es

Mots-clés :

Pandemia, Arte digital

Résumé

Separados pelas películas digitais e longe do toque que nos comove, afeta e apazigua, há um sentimento de imersão no mar solitário de nosso próprio eu. Defronte das paredes, em nossas habitações, miramos as cicatrizes cotidianas que silenciosamente nos marcam e tudo aquilo que nos cerca nesse infinito particular. Foi diante desse cenário pandêmico, tão delicado, que nos confrontamos com nossas emoções guardadas e que agora, mais que nunca, parecem à flor da pele. O que nos invade é uma onda intensa, que salta de dentro de nós para o exterior, carregando e trazendo à superfície todos os sentimentos latentes. E foi pensando no confronto com esse mar de ondas incertas, revoltas que idealizei minha ilustração para a revista intransitiva. No desenho, as bordas sofrem uma tensão na qual os contornos se esvaem: o dentro e o fora que se encontram, misturam, invadem e no olhar vazio da figura, o espectador parece estar distante, como se à massa fluída faltasse outro corpo para preencher os espaços abertos. 

Biographie de l'auteur-e

Paula Isabelle Teixeira de Souza, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

Artista Visual, Ilustradora e Diretora de Arte é Mestranda em Linguagens Visuais pelo PPGAV - UFRJ, Graduada em Pintura pela UFRJ e Bacharel em Publicidade e Propaganda pela UFF. Sua pesquisa artística se concentra em questões que envolvem a palavra, a apropriação, a repetição, a mixagem/colagem. No território entre a escrita e a imagem, idealiza projetos artísticos, gráficos e publicações independentes. Já expôs em instituições cariocas como: Centro Cultural Light, Centro Cultural dos Correios, Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica e é integrante e uma das fundadoras do Coletivo Grito, junto com as artistas Agnes Antonello, Catharina Braga e Isabella Rosa.

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Publié-e

2021-04-14

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