Gordofobia, fascismo e saúde em tempos pandêmicos
Palabras clave:
gordofobia, fascismo, saúde, (re)existência, ativismo gordo, pandemiaResumen
Gordofobia é um estigma estrutural, o discurso sobre saúde em tempos pandêmicos tem sido violento com pessoas gordas. O artigo propõe, através de leituras críticas e depoimentos na internet de experiências de mulheres gordas, entre 2020 e 2021, desvendar violências que se intensificaram, no que se considera “cuidado com a saúde” numa perspectiva neoliberal. Pensadores como Foucault, Deleuze e Guattari propõem reflexões para uma vida não fascista, em que (re)existir é construir políticas das próprias existências. Dentro desse entendimento, nos faz a urgência contribuir para a discussão do fascismo sobre pessoas gordas, mas também aprender com as ferramentas usadas por essas mulheres para romper a vigilância sobre suas corpas e saúde, que nesses tempos tornam-se agudas e sufocantes, elas estão construindo políticas como forma de subverter a cruzada da ideia que apenas um corpo é saudável.