“Os Cantos de Maldoror”: Cinema de Libertação da “Realizadora-Romancista”

Autores

  • Maria do Carmo Piçarra Investigadora de Pós-Doutoramento no Centro de Estudos Comunicação e Sociedade-U.Minho e do Centre for Film and Aesthetics-University of Reading.

DOI:

https://doi.org/10.35520/mulemba.2017.v9n17a14579

Palavras-chave:

Cinema político, Sarah Maldoror, Luandino Vieira, Cinema africano, Lutas de Libertação

Resumo

No contexto da produção internacional de um cinema político, engagé, Sarah Maldoror criou e manteve -- desde Monangambé a Sambizanga, sobre a luta anticolonial em Angola, passando por Des fusils pour Banta, filmado entre os guerrilheiros da Guiné-Bissau -- uma prática singular. Compôs um cinema político, servido por um olhar esteticamente cuidado, e em que, através de elementos ficcionais -- e não através das opções documentais e do recurso ao cinema direto então característicos do cinema militante --, a ação não é tão central quanto a composição psicológica das personagens. Não obstante a qualidade estética dos seus filmes e a densidade psicológica das suas personagens, críticas e tentativas de controlar as opções criativas marcaram fortemente o início da obra cinematográfica daquela que é considerada a primeira realizadora africana, mas que continua sem ter reconhecimento idêntico ao dos seus pares masculinos.

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Publicado

2017-12-21