Livros que Respiram: Pensamento Ecológico e Solidariedade nas Literaturas Portuguesas, de André Corrêa de Sá

Autores

  • Rodrigo Valverde Denubila

DOI:

https://doi.org/10.35520/mulemba.2022.v14n26a53834

Resumo

Há ao menos duas maneiras pelas quais se pode entender a ideia de “cânone”: na primeira, alinha-se à perspectiva do crítico literário estadunidense Harold Bloom (1930-2019), para quem aquele conceito é uma manifestação privilegiada do intelecto; na segunda, lida-se com questões correlatas aos Estudos Culturais. Todavia, existe algo irrefragável que junge essas duas espécies de conceituação: um texto canônico – clássico que é, se pensamos nos argumentos do literato e ensaísta havanês-italiano Italo Calvino (1923-1985), como os expõe no seu livro Por que ler os clássicos – é aquele que não deixou de dizer o que pretendia, razão pela qual pode dialogar com leitores de diferentes épocas. E essa definição nos ajuda a compreender o elemento transistórico envolvido na dinâmica entre o contemporâneo e o atual: o contemporâneo demarca a simultaneidade entre tempos históricos e, por isso, somos todos de alguma forma contemporâneos; o atual se refere à ruptura entre tempos. Assim, se o texto canônico tem sempre algo a dizer, ainda permite ser atualizado, logo, ser atual, ao longo dos tempos.

Referências

CALVINO, I. Por que ler os clássicos. Tradução de Nilson Moulin. São Paulo: Companhia das Letras, 1991.

SÁ, A. D. C. de. Livros que respiram: pensamento ecológico e solidariedade nas literaturas em português. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2021.

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Publicado

2022-08-05