João Paulo Borges Coelho: Literatura sem Fronteiras. Resenha

Auteurs-es

  • Edvaldo Bergamo

DOI :

https://doi.org/10.35520/mulemba.2022.v14n26a53827

Résumé

No Brasil, é quase um lugar comum (re)afirmar e/ou admitir o desconhecimento tendencialmente generalizado (proposital e/ou involuntário) do continente africano (marcado por assombros e por estigmas) em suas múltiplas manifestações, ou o desmerecimento de sua importância ímpar para nossa formação identitária, pelos mais diversos motivos, que vão desde a formação educacional deficitária ao racismo basilar propriamente dito, apesar dos esforços empreendidos de modo especial por certos domínios do círculo acadêmico ou mesmo por iniciativa de setores populares organizados e esclarecidos, empenhados em promover e em fortalecer os liames negligenciados, contudo translúcidos na vida social, cultural, religiosa, etc. do nosso país. Os estudos africanos, os movimentos negros de afirmação da origem afrodescendente, o combate ao preconceito racial têm já décadas de existência e de resistência por aqui, com uma atuação por vezes subterrânea, no ambiente cultural e na arena política brasileira. São ações de ordem criativa e intelectual que visam sublinhar o papel do continente africano na formação da brasilidade como uma contribuição decisiva para a definição do controverso e ambíguo “caráter brasileiro”.

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Publié-e

2022-08-05