Contos e canções populares na poesia moderna de Cabo Verde
DOI :
https://doi.org/10.35520/mulemba.2025.v17n32e67417Résumé
Baltasar Lopes da Silva propunha-se inventariar o folclore novelístico, os jogos infantis e a música popular das suas ilhas crioulas. Jaime de Figueiredo explicava que o modernismo cabo-verdiano havia acolhido do modelo brasileiro o interesse literário e poético pelo quotidiano e o folclore. A poesia moderna de Cabo Verde, com expressão exemplar nas páginas da revista Claridade (1936-1960), reescreve a tradição oral narrativa ou musical moldando-a no idioleto dos seus poetas, incorporando dados regionais e locais quando exógena, integrando o maravilhoso nas suas coordenadas insulares, sahelianas e mestiças, denunciando a miséria das ilhas ou apelando à revolta, recorrendo quando necessário à paródia iconoclasta. Este artigo procura dar conta da presença de alguns contos e canções populares em poemas de Jorge Barbosa, Osvaldo Alcântara, Gabriel Mariano e outros. O enraizamento destes poetas na tradição oral cabo-verdiana envolve a inclusão de dados verosímeis na fantasia das estórias poéticas, a incrustação de fragmentos narrativos no corpo lírico dos poemas ou a reconfiguração semântica do intertexto tradicional nas poéticas individuais ou na história colonial do Arquipélago.
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