Cenografias e cinegrafias do olhar e da memória
DOI:
https://doi.org/10.35520/mulemba.2018.v10n18a14920Parole chiave:
João Paulo Borges Coelho, Licínio Azevedo, campos de reeducação, teatro do absurdo, Moçambique.Abstract
É nossa intenção, com base em Campo de trânsito, do escritor moçambicano João Paulo Borges Coelho, e em Virgem Margarida, de Licínio Azevedo, cineasta brasileiro radicado há anos em Moçambique, discutir de que forma os referidos romance e filme representam a ação opressora dos campos de reeducação em Moçambique e não só. O estado de exceção e a teatralidade do absurdo.
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