ESTABELECIMENTO E PERSISTÊNCIA DE PLÂNTULAS EM FLORESTAS TROPICAIS: ECOFISIOLOGIA DE ESTRESSE DURANTE OS ESTÁGIOS INICIAIS DE CRESCIMENTO

Autores

  • Ernesto Medina Instituto Venezolano de Investigaciones Científicas

Palavras-chave:

ecophysiology, plant groth, review

Resumo

A regeneração natural de vegetações requer produção sazonal de unidades de dispersão capa­zes de germinar e se estabelecer sob condições estressantes. Esse estabelecimento depende de processos (germi­nação, crescimento radicular e produção de folhas) que são limitados por fatores físico-químicos como umidade, luz e textura e química do solo. Adicionalmente, competição intra ou interespecífica de indivídu­os estabelecidos reduz o espaço para o desenvolvimento de raiz e copa de plantas em crescimento. Nas florestas tropicais, os principais estresses regulando crescimento, relações hídricas e fotossíntese são as reduzidas intensidades luminosas e disponibilidade de nutrientes. A exigência por elevadas intensidades luminosas decresce das plantas pioneiras e espécies arbóreas de estágios iniciais de sucessão. para as espé­cies de estágios tardios que toleram sombra. Competição radicular e simbiose mutualista (micorrizas) regu­lam ganho de carbono a longo prazo no sub-bosque florestal. As altas concentrações de CO, próximo ao solo florestal, possivelmente facilitam a sobrevivência de plântulas por melhorar seu balanço de carbono. Em florestas secas e savanas, a sobrevivência de plântulas é associada à duração da estação seca e à intensi­dade de competição radicular. Espécies não-arbóreas, como gramíneas e pteridófitas, são capazes de extrair a maior parte da água e nutrientes disponíveis nas camadas superiores do solo. Em pântanos, inundação periódica ou permanente interage com intensidade luminosa para determinar crescimento e sobrevivência de plântulas e jovens.

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Publicado

2009-12-21