TOLERÂNCIA À HIPOXIA E ANOXIA EM ESPÉCIES ARBÓREAS NEOTROPICAIS

Autores

  • Patrícia Carneiro Lobo Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Carlos Alfredo Joly Universidade Estadual de Campinas

Palavras-chave:

plant ecophysiology, stress factors, flood-tolerance strategies, hypoxia, anoxia

Resumo

O estresse decorrente da saturação hídrica do solo tem forte caráter seletivo. O limite às trocas gasosas do solo com a atmosfera e o rápido consumo do oxigênio presente na água por raízes e microorganismos geram hipoxia ou anoxia no solo. Isto afeta a respiração de raízes, microorganismos. e as características físico-químicas edáficas. A freqüência e a duração do alagamento determinam a distribuição espacial das espécies, resultando em diferenças florísticas e fisionômicas entre, e.g., as matas de brejo, ripárias, mesófilas semidecíduas, de várzea e de igapó. A especificidade de habitat das poucas higrófilas exclusivas ou preferenciais contrasta com sua ampla distribuição geográfica. Sob hipoxia ou anoxia, a capa­cidade das raízes desenvolverem atividades vitais das plantas, depende da manutenção de um metabolismo respiratório. aeróbico ou anaeróbico, que gere um pool mínimo de nucleotídeos fosfatados e mantenha a carga energética acima do nível crítico. A diversidade de respostas morfológicas, anatômicas. fisiológicas e metabólicas à hipoxia/anoxia em plantas neotropicais, dificulta a definição de tolerância ao estresse. Estas respostas evoluíram concomitante e complementarmente. Logo, a compreensão da estratégia adaptativa de uma dada espécie sob inundação exige uma abordagem integrada, incluindo estudos de demografia e dinâ­mica populacional. Esta é uma revisão do estado atual do conhecimento sobre as estratégias de tolerância à inundação em plantas neotropicais,

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Publicado

2010-02-10