FIXAÇÃO DE NITROGÊNIO POR LEGUMES EM REGIÕES INUNDADAS.

Autores

  • Maria de Fátima Loureiro Universidade Federal do Mato Grosso
  • Euan Kevin James University of St. Andrews
  • Avílio Antônio Franco Embrapa

Palavras-chave:

plant ecophysiology, nitrogen fixation, oxygen supply

Resumo

As áreas alagadas estão, com freqüência, sujeitas a perdas líquidas anuais de N do sistema via lixiviação do solo, não recompensadas pelas entradas de N via mineralização da matéria orgânica. Estes ecossistemas oligotróficos são amplamente dependentes dos acréscimos de N provenientes da fi­xação biológica de nitrogênio (FBN), onde as simbioses rizóbio-leguminosas são os principais contribu­intes. Entretanto, leguminosas são geralmente sensíveis às inundações, e o alagamento do solo pode limitar seu crescimento pois os nódulos precisam de 02 para manter a respiração aeróbica necessária para suprir a grande quantidade de ATP indispensável à atividade da nitrogenase. Apesar de terem adaptações como a proteína condutora de 02 a leghemoglobina (Lb), para otimizar o suprimento de 02 a maioria das leguminosas terrestres não são suficientemente capazes de aumentar o fornecimento de 02 para dentro de seus nódulos enquanto inundadas. Portanto a FBN dessas plantas é reduzida ou completamente bloquea­da. Em contraste, a maioria das leguminosas que fixam N, em regiões alagadas desenvolveram mecanis­mos adicionais que aumentam o suprimento de 02 aos seus nódulos. e por isso são capazes de manter a FBN. Nesta revisão, examinamos as estratégias de crescimento, como a nodulação caulinar, assim como as adaptações morfológicas, estruturais e bioquímicas que permitem a essas leguminosas fixarem o N2 enquanto inundadas.

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Publicado

2010-02-10