ASSOCIAÇÕES MALACOLÓGICAS DOS SUBSTRATOS INCONSOLIDADOS NA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DO ARQUIPÉLAGO DE SANTANA, MACAÉ, RIO DE JANEIRO
Palavras-chave:
associações malacológicas, bentos, relação animal-sedimento, discriminação ambiental, padrões de co-ocorrênciaResumo
Em 1993 realizaram-se 17 estações de coleta na Area de Proteção Ambiental do Arquipélago de Santana (Macaé-RJ ) utilizando-se busca-fundo e draga. Identificaram-se 152 táxons, que sob análise dos padrões de co-ocorrência, revelaram a existência de duas associações malacológicas, uma composta por estações que apresentaram um sedimento constituído por areias finas e, secundariamente, lama; e outra onde predominaram as areias grossas no sedimento. A associação de areias finas foi caracterizada por depositívoros como Nucula puelcha e Adrana electa e por filtradores com sifões longos como Periploma compressa e Macorna tenta; por antro lado, a associação de areias grossas caracterizou-se por moluscos sem sifões ou com sifões curtos, tais como Amerieuna besnardi, Glyeymeris longior e Carditamera f1oridana. O modelo discriminante construído com variáveis abióticas foi 100% eficiente em identificar o amhiente onde as duas associações ocorrem, sendo especialmente relevantes o tamanho médio do grão do sedimento, a curtose e o percentual de lama. A utilização de moluscos coletados mortos como base para o estabelecimento de associações de espécies e/ou de áreas malacologicamente homogêneas mostrou-se viável, já que ao comparar-se resultados provenientes dos animais coletados vivos aos coletados mortos, apenas 6 % das estações trocaram de agrupamento.