DENSIDADE E BIOMASSA BACTERIANA, E RELAÇÕES COM AS VARIÁVEIS ABIÓTICAS, EM 14 LAGOAS COSTEIRAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.

Autores

  • V. F. FARJALLA Universidade
  • B. M. FARIA Universidade
  • F. A. ESTEVES Universidade
  • R. L. BOZELLI Universidade

Palavras-chave:

biomassa bacteriana, densidade bacteriana, lagoas costeiras, salinidade, concen¬tração de nutrientes.

Resumo

O objetivo desta pesquisa foi avaliar a densidade e a biomassa bacteriana na coluna d'água de 14 lagoas costeiras do Estado do Rio de Janeiro. Além disso, as variáveis bacterianas foram correlacionadas com os valores de clorofila a e com variáveis abióticas, como salinidade c concentração de nutrientes. Foram observados altos valo­res de densidade e biomassa bacteriana nestas lagoas, principalmente em lagoas com alta salinidade. Nestas lagoas salgadas, também observamos uma forte dominância de bastonetes longos, que contribuem com os altos valores de biomassa. Nós concluímos que, durante o período estudado, estas lagoas com alta salinidade podem ser consideradas ambientes extremos, selecionando pou­cas espécies de bactérias que podem viver nelas. Há uma forte correlação entre a densidade e a biomassa bactéria com a concentração de fósforo nestas lagoas. Nenhuma outra correlação foi encontrada entre os valores de biomassa bacteriana c densidade bacteriana com outros fatores abióticos ou concentração de clorofila a. Neste caso, o fósforo pode ser considerado o principal nutriente limitante ao crescimento bacteriano na maioria destas lagoas. Estas lagoas costeiras apresentaram altas concentrações de carbono orgânico dissolvido (COD), porém concentrações similares não resultaram em colorações semelhantes da água. Foi concluído que o COD destas lagoas tem origens diferentes, o que pode interferir na utilização deste pela comunidade bacteriana.

Publicado

2009-12-29