MERCÚRIO EM SISTEMAS AQUÁTICOS: FATORES AMBIENTAIS QUE AFETAM A METILAÇÃO

Autores

  • Marcio Rodrigues Miranda Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Sergio Augusto Coelho-Souza Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Jean Remy Daveé Guimarães Universidade Federal do Rio de Janeiro.
  • Raquel R.S. Correia Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Diana Oliveira Universidade Federal do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

metilmercúrio, microorganismos, ciclo global, metilcobalamina, mercúrio inorgânico, especiação.

Resumo

O metilmercúrio é um poluente altamente neurotóxico que se acumula nos organismos e biomagnifica ao longo da cadeia trófica. O metilmercúrio é formado através de uma reação de transferência de um grupamento metil para o mercúrio inorgânico. Essa transformação, denominada metilação, é mediada principalmente por microrganismos que habitam ambientes anóxicos. A metilação pode ser abiótica como resultado de uma reação não-enzimática na transferência do grupamento metil por via fotoquímica ou interação com substâncias húmicas presentes nos corpos d'água, porém com uma taxa de metilação menor do que pela mediada por microrganismos. As taxas de metilação de mercúrio em sistemas aquáticos são influenciadas tanto pela especiação do mercúrio quanto por sua biodisponibilidade. Diversas variáveis ambientais, que se interrelacionam, tais como a atividade biológica dos microrganismos metiladores, disponibilidade de nutrientes, pH, temperatura, potencial redox, e a presença de complexos orgânicos e inorgânicos podem afetar as taxas de metilação. A importância de cada um desses fatores na produção de metilmercúrio pode variar em diferentes ecossistemas.

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Publicado

2009-12-11