A IMPORTÂNCIA DAS MACRÓFITAS AQUÁTICAS NO CICLO DO MERCÚRIO NA BACIA DO RIO TAPAJÓS (PA)

Autores

  • Sérgio A. Coelho-Souza Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Márcio R. Miranda Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Jean R.D. Guimarães Universidade Federal do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

Formação de Metilmercúrio, Desmatamento da Amazônia, Ciclo de Inundação, Águas claras, Ciclo Biogeoquímico do Mercúrio.

Resumo

Os estudos sobre o ciclo do mercúrio (Hg) na região amazônica durante os últimos 20 anos indicam que a atual fonte de contaminação do meio aquático é o desmatamento. O Hg que se deposita no sistema terrestre tem grande afinidade com os oxihidróxidos de Ferro (Fe) e Alumínio (Al), que são carreados por lixiviação durante o período de chuvas. Esses elementos integram o material particulado fino (MPF) e são acumulados em raízes de macrófitas aquáticas, principal local de formação do metilmercúrio (MeHg), composto neurotóxico biomagnificado na cadeia trófica. Durante o período de cheia, a inundação da floresta fornece material orgânico, ácidos húmicos e fúlvicos e Hg junto com sedimentos argilosos, que formam um ambiente favorável à metilação biótica e abiótica do Hg. As condições reduzidas e de pH ácido podem favorecer a biodisponibilidade do Hg e a diversidade e atividade de microrganismos podem intensificar o processo de transferência trófica do MeHg produzido. Durante o período de seca, as macrófitas se decompõem e o Hg, possivelmente, retorna aos sistemas atmosférico e terrestre.


 

Downloads

Publicado

2009-12-13