CONECTIVIDADE FUNCIONAL E A IMPORTÂNCIA DA INTERAÇÃO ORGANISMO-PAISAGEM*

Autores

  • German Forero-Medina Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Marcus Vinícius Vieira Universidade Federal do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

Fragmentação de habitats, dispersão, capacidade perceptual, teoria dos grafos.

Resumo

Devido à crescente taxa de modificações antrópicas na paisagem, que resultam na fragmentação e perda de habitat, é importante estudar os efeitos que mudanças na configuração espacial têm nos processos ecológicos. A conectividade, o inverso da fragmentação, determina o grau no qual uma paisagem facilita ou restringe o movimento dos organismos entre fragmentos. Ela influencia a sobrevivência das populações e a dinâmica populacional em paisagens fragmentadas. Com o desenvolvimento da Ecologia da Paisagem apareceram diversos índices para medir o isolamento ou conectividade da paisagem. Alguns dos índices foram criticados por serem redundantes, sensíveis à escala, e por medir aspectos estritamente estruturais da conectividade. Diversos autores têm chamado a atenção sobre a importância de considerar a interação entre o organismo e a estrutura da paisagem para avaliar a conectividade. Existe uma diferença entre conectividade estrutural, que só considera aspectos físicos da paisagem, e conectividade funcional, que leva em conta a interação organismo-paisagem. A conectividade funcional é uma variável dependente da capacidade de dispersão do organismo. As prioridades de pesquisa devem ser enfocadas em estudar aspectos comportamentais próprios de cada espécie e fazer uma ligação entre estas características específicas e a conectividade da paisagem. A teoria dos grafos é uma ferramenta útil, que permite usar informação biológica de cada espécie e tomar decisões para melhorar a conectividade funcional da paisagem.

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Publicado

2009-12-18