ORGANIZAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DAS ICTIOCENOSES DEMERSAIS NOS ECOSSISTEMAS ESTUARINOS BRASILEIROS: UMA SÍNTESE

Autores

  • Magda Fernandes de Andrade-Tubin Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Ana Luisa Reis Ribeiro Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Marcelo Vianna Universidade Federal do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

ictiofauna estuarina, peixes demersais, estuários brasileiros, estratégias de vida.

Resumo

A partir de levantamentos ictiofaunísticos disponíveis, foram selecionados 22 sistemas estuarinos ao longo da costa brasileira para o presente estudo. A extensão geográfica abrangeu desde ambientes equatoriais (estuário Amazônico -- estado do Para) ate sub-tropicais (estuário do Arroio-Chui -- estado do Rio Grande do Sul). Um total de 304 espécies e 83 famílias de teleósteos demersais foram associadas a estes sistemas. As famílias Sciaenidae, Gobiidae, Serranidae, Ariidae, Haemulidae, Gerreidae, Paralichthyidae e Syngnathidae, nesta ordem, foram as mais representativas em numero de espécies. De acordo com as estratégias de ocupação dos estuários, as espécies foram agrupadas em: estuarino-oportunistas (54,3%), aquadulcícolas (14,9%), estuarino dependentes (13,2%), estuarino-residentes (9,9%) e diadromas (2,6%), alem das espécies sem definicao de suas

estrategias de vida (5,0%). Apenas 11 espécies sao comuns a todos os sistemas, sendo que o gobiideo estuarino-residente Gobionellus oceanicus encontra-se amplamente distribuído em todos os estuários. Observou-se que os padrões de distribuição das ictiocenoses ao longo da costa brasileira são mais associados a heterogeneidade espacial e tolerância a variação de salinidade do que as estratégias de vida das espécies.

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Publicado

2009-12-07