HUMIFICAÇÃO E MINERALIZAÇÃO DE MACRÓFITAS AQUÁTICAS: UMA REVISÃO SOBRE ESSES PROCESSOS

Autores

  • Marcela B. Cunha Santino Universidade Federal de São Carlos
  • Irineu Bianchini Jr. Universidade Federal de São Carlos

Palavras-chave:

Substâncias húmicas, decomposição, ciclagem, matéria orgânica dissolvida e particulada

Resumo

A decomposição das macrófitas aquáticas resulta em biomassa de microorganismos, água, sais minerais, gases e compostos húmicos. As substâncias húmicas representadas pelos ácidos húmicos e fúlvicos são caracterizadas como sendo um material de alta massa molecular, polar, amorfo, de natureza heterogênea e com diferentes graus de polimerização. Nos ecossistemas aquáticos, essas substâncias fazem parte do reservatório de carbono orgânico (dissolvido e particulado) apresentando tanto papel ecológico quanto fisiológico. No processo de formação dos compostos húmicos (humificação) dos detritos de plantas aquáticas verificou-se o predomínio de SH na matéria orgânica particulada em relação à dissolvida, sendo o ácido fúlvico o principal constituinte. Embora as substâncias húmicas apresentem características recalcitrantes em relação à biodegradação, a mineralização desses compostos é essencial para a circulação do húmus e fundamental para a manutenção do ciclo global do carbono. A refratabilidade desses compostos faz com que eles sejam degradados lentamente no ambiente aquático; desse modo, grande parte das substâncias húmicas incorpora-se no sedimento. Os processos de mineralização e de humificação são concorrentes e apresentam rendimentos distintos em função das condições ambientais predominantes.

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Publicado

2009-12-22