MACROECOLOGIA, BIOGEOGRAFIA E ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA CONSERVAÇÃO NO CERRADO

Autores

  • José Alexandre Felizola Diniz-Filho Departamento de Ecologia, Inst. de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Goiás (UFG). Caixa Postal: 131. Goiânia, Goiás, Brasil. CEP: 74001-970.
  • Luis Mauricio Bini Departamento de Ecologia, Inst. de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Goiás (UFG). Caixa Postal: 131. Goiânia, Goiás, Brasil. CEP: 74001-970.
  • Guilherme Oliveira Programa de Pós-Graduação em Ecologia & Evolução, Inst. de Ciências Biológicas, UFG. Caixa Postal: 131. Goiânia, Goiás, Brasil. CEP: 74001-970.
  • Bruno de Souza Barreto Programa de Pós-Graduação em Ecologia & Evolução, Inst. de Ciências Biológicas, UFG. Caixa Postal: 131. Goiânia, Goiás, Brasil. CEP: 74001-970.
  • Marcel Müller Fernandes Pereira da Silva Programa de Pós-Graduação em Ecologia & Evolução, Inst. de Ciências Biológicas, UFG. Caixa Postal: 131. Goiânia, Goiás, Brasil. CEP: 74001-970.
  • Levi Carina Terribile Universidade Federal de Goiás, Campus Jataí, BR 364, Km 192, Campus II, Jataí, Goiás Brasil, CEP: 75801-615.
  • Thiago Fernando L.V.B. Rangel Department of Ecology and Evolutionary Biology, University of Connecticut, 75 North Eagleville Road, Unit 3043, Storrs, CT 062693043, U.S.A.
  • Miriam Plaza Pinto Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Inst. De Biologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ilha do Fundão. Caixa.Postal: 68020. Rio de Janeiro, Brasil. CEP: 21941-590.
  • Nayara Pereira Rezende de Sousa Graduação em Ciências Biológicas, Inst. de Ciências Biológicas, UFG. Caixa Postal: 131. Goiânia, Goiás, Brasil. CEP: 74001-970.
  • Ludgero Cardoso Galli Vieira Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais, UFG. Caixa Postal: 131. Goiânia, Goiás, Brasil. CEP: 74001-970.
  • Adriano S. Melo Departamento de Ecologia, Inst. de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Goiás (UFG). Caixa Postal: 131. Goiânia, Goiás, Brasil. CEP: 74001-970.
  • Paulo Marco Júnior Departamento de Ecologia, Inst. de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Goiás (UFG). Caixa Postal: 131. Goiânia, Goiás, Brasil. CEP: 74001-970.
  • Cleiber Marques Vieira Laboratório de Biodiversidade do Cerrado, Unidade Universitária de Ciências Exatas e Tecnológicas, Universidade Estadual de Goiás (UEG). Campus Henrique Santillo. , Caixa Postal: 459. Anápolis, Goiás, Brasil. CEP: 75001-970.
  • Daniel Blamires Unidade Universitária de Quirinópolis, UEG. Conjunto Hélio Leão. Quirinópolis, Goiás, Brasil. CEP: 75860-000.
  • Rogério P. Bastos Departamento de Ecologia, Inst. de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Goiás (UFG). Caixa Postal: 131. Goiânia, Goiás, Brasil. CEP: 74001-970.
  • Priscilla Carvalho Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Ecossistemas Aquáticos, Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e Aqüicultura (NUPELIA/UEM). Maringá, Paraná, Brasil. CEP: 870202-900.
  • Laerte G. Ferreira Laboratório de Processamento de Imagem e Geoprocessamento (LAPIG), Inst. de Estudos Sócio-Ambientais, UFG. Goiânia, Goiás, Brasil. CEP: 74001-970.
  • Mariana Pires de Campos Telles Departamento de Biologia Geral, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Goiás (UFG), Caixa Postal 131, Goiânia, Goiás, Brasil. CEP: 74001-970.
  • Flávia Melo Rodrigues Mestrado em Ciências Ambientais e Saúde, Universidade Católica de Goiás (UCG), Avenida Universitária 1440, Setor Universitário, Caixa Postal 86, Goiânia, Goiás, Brasil. CEP: 74605-010.
  • Daniela Melo e Silva Mestrado em Genética & Departamento de Biologia, Universidade Católica de Goiás (UCG), Avenida Universitária 1440, Setor Universitário, Caixa Postal 86, Goiânia, Goiás, Brasil. CEP: 74605-010.
  • Nelson Jorge Silva Júnior Mestrado em Ciências Ambientais e Saúde, Universidade Católica de Goiás (UCG), Avenida Universitária 1440, Setor Universitário, Caixa Postal 86, Goiânia, Goiás, Brasil. CEP: 74605-010.
  • Thannya Nascimento Soares Departamento de Biologia Geral, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Goiás (UFG), Caixa Postal 131, Goiânia, Goiás, Brasil. CEP: 74001-970.

Palavras-chave:

Planejamento sistemático, insubstituibilidade, complementaridade, lacunas, distribuição geográficas.

Resumo

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Há consenso entre os cientistas de que a há atualmente uma “crise da biodiversidade”, resultado da constante e intensa perda de habitat natural causada pela expansão da ocupação. Como a biologia da conservação tem sido muitas vezes reconhecida como uma ciência da crise, ela deve fornecer informações capazes de mediar, de forma mais científica possível, as tomadas de decisão que são necessárias. Dentre estas, uma das mais importantes é indicar regiões prioritárias para a conservação, já que por motivos óbvios não é possível preservar todos os ecossistemas por inteiro. Nesse contexto, recentemente sugeriu-se que a aplicação de princípios, teorias e análises provenientes da biogeografia e da macroecologia seriam importantes na Biologia da Conservação, formalizando uma abordagem que tem sido denominada “Biogeografia da Conservação”. Assim, o objetivo deste artigo é discutir e revisar esses componentes da biogeografia da conservação, utilizando uma abordagem macroecológica para desenvolver e aplicar métodos de planejamento sistemático em conservação, utilizando o bioma Cerrado como um modelo de estudo. Foram discutidos inicialmente os padrões de riqueza e diversidade beta e, em um segundo momento, como esses padrões podem ser correlacionados à ocupação humana do Bioma. Essa relação é fundamental para subsidiar a aplicação de modelos de planejamento sistemático de conservação em escala regional (análises de insubstituibilidade, complementaridade e de lacunas). É preciso considerar também que há sérias falhas de conhecimento sobre os padrões de biodiversidade na região e que a escolha de grupos indicadores pode ser importante para minimizar problemas gerados pela falta de conhecimento. Assim, essa abordagem é interessante em um cenário de grandes incertezas (ausência de dados detalhados) e de rápida transformação da paisagem, possibilitando a otimização de estudos em grandes escalas e depois transferir os resultados para escalas espaciais mais locais e realmente relevantes para a conservação. Nessas regiões, podem ser realizados, em um segundo momento, estudos mais detalhados a fim de avaliar padrões de viabilidade populacional, fragmentação de habitat e regiões potenciais de manutenção da diversidade genética.

Publicado

2009-12-22