OS ISÓPODOS TERRESTRES SÃO BOAS FERRAMENTAS PARA MONITORAR E RESTAURAR ÁREAS IMPACTADAS POR METAIS PESADOS NO BRASIL?

Autores

  • Aline Ferreira Quadros Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Palavras-chave:

Bioindicadores, detritívoros, fauna de solo, fitorremediação, metais pesados, restauração ecológica.

Resumo

A Ecologia da Restauração é uma disciplina que estuda a restauração de ecossistemas degradados e busca um manejo integrado de seus recursos. Ela tem se destacado como promissora solução em longo prazo para reconstituir a paisagem e devolver a funcionalidade desses ambientes. Através de ferramentas como a fitorremediação, a Ecologia da Restauração busca também amenizar ou eliminar os efeitos negativos de contaminantes em áreas poluídas. Pelo seu caráter aplicado e experimental, as iniciativas de restauração necessitam de um biomonitoramento de curto e longo prazo e para tanto é indispensável o conhecimento sobre organismos bioindicadores. Por serem macroinvertebrados detritívoros abundantes e que podem bioacumular grandes quantidades de metais pesados, os isópodos terrestres são amplamente utilizados como modelos em ecotoxicologia terrestre e portanto têm grande potencial para utilização como biomonitores na fitoremediação de áreas contaminadas. No Brasil, o conhecimento atual sobre biologia, ecologia e distribuição de espécies nativas é ainda muito incipiente, mas permite indicar duas espécies com grande potencial para serem utilizadas como bioindicadoras. Atlantoscia floridana (Philosciidae) e Balloniscus sellowii (Balloniscidae) apresentam ampla distribuição geográfica no Brasil e possuem boa capacidade de colonização de hábitats alterados. No futuro, com um maior conhecimento sobre a fisiologia dessas duas espécies, o uso aliado da fitorremediação e de isópodos terrestres como biomonitores pode aumentar o sucesso dos projetos de restauração ecológica em áreas contaminadas por metais pesados.

Biografia do Autor

Aline Ferreira Quadros, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Ecologia de solos, com ênfase em artrópodos

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Publicado

2010-05-10