LOS DETERMINANTES AMBIENTALES Y LA CULTURA EN LA TRANSMISIÓN DE ENFERMEDADES

Resumo

DETERMINANTES AMBIENTAIS E REPRESENTAÇÕES SÓCIO-CULTURAIS NA TRANSMISSÃO DE DOENÇAS.  O objetivo desta pesquisa foi determinar as representações e as práticas relacionadas com a malaria na comunidade indígena de Bisira, além de avaliar como estas favorecem ou desfavorecem o desenvolvimento de ações comunitárias de: vigilância, prevenção e controle, gerando condições de vulnerabilidade ou de proteção frente à doença e, como se configuram com a intervenção do Programa Regional de Ação e Demonstração de Alternativas Sustentáveis para o Controle de Vetores da Malaria sem o Uso de Dicloro difenil tricloroetano (DDT). Para isso foi realizado um estudo de caso descritivo único, com enfoque antropológico e combinação de técnicas qualitativas e quantitativas. O estudo permitiu identificar que a malaria entre os Ng¶be, antes da intervenção do projeto, era considerada -- devido às suas construções sócio-culturais -- como uma doença exógena, cuja comunidade não tinha nenhum poder ou ingerência na prevenção e controle. O serviço fornecido pelo Sistema de Controle de Vetores não havia gerado ações culturalmente adequadas para a prevenção da doença, já que a forma de trabalho não representava o imaginário da comunidade em relação à malaria. A intervenção do projeto e seu processo de informação, capacitação e formação permitiram que a doença fosse concebida como endógena e evitável pela ação comunitária, familiar e pessoal. Estas ações se desenvolvem sob os delineamentos da própria cultura, organização social e política local, e foram fortalecidas pelos gestores do projeto. O estudo conclui que a modificação da concepção da malaria, desde as construções culturais à adequação do processo sob uma lógica de interculturalidade e participação comunitária, permitiu realizar com êxito ações para o controle, prevenção e vigilância da malaria.

Palavras - chave: Epidemiologia; interculturalidade; ecologia; malaria; educação em saúde.