DENGUE AND LAND COVER HETEROGENEITY IN RIO DE JANEIRO

Autores

  • Maria Goreti Rosa Freitas Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
  • Pantelis Tsouris Freitas & Tsouris Consultants (FTC)
  • Izabel Cristina Reis Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
  • Mônica de Avelar Figueiredo Mafra Magalhães Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
  • Teresa Fernandes Silva do Nascimento Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
  • Nildimar Alves Honório Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)

Palavras-chave:

Dengue, Rio de Janeiro, urban ecosystem.

Resumo

DENGUE E A HETEROGENEIDADE DA COBERTURA DA TERRA NO RIO DE JANEIRO. As epidemias de dengue no Brasil têm sido cada vez mais frequentes, de maior incidência e gravidade. No Brasil, Aedes aegypti é o único vetor comprovado de dengue. Durante o período 2007-2008, o estado de Rio de Janeiro sofreu uma das epidemias de dengue mais graves da sua história em termos de morbidade e mortalidade. Durante este período, 322.371 casos e 240 mortes foram registrados, com 100 mortes devido à febre hemorrágica/ síndrome de choque e 140 mortes devido a outras complicações relacionadas ao dengue. A transmissão do dengue é influenciada por fatores estreitamente relacionados, muitos dos quais diretamente associados ao ambiente. Cada cidade tem suas próprias características que são dadas principalmente por sua paisagem e populações humanas. O Rio de Janeiro é uma cidade de 6 milhões de indivíduos que compartilham um espaço heterogêneo de ~1.200km2. A densidade da população humana varia entre 5.000 habitantes/km2 em média, nas planícies, chegando à densidade de ~40.000 habitantes/km2 vivendo em  favelas, principalmente nos morros. Estes 6 milhões de indivíduos vivem em zonas altamente urbanizadas, médio-urbanizadas e peri-urbanas de transição, como os bolsões de áreas rurais e semi-rurais cercados pela cidade em expansão, em sua maior parte nas planícies intercaladas por três complexos de montanhas. Para analisar o espaço heterogêneo da cidade de Rio de Janeiro, mapas de cobertura da terra e de bairros foram justapostos a casos georeferenciados de dengue, durante o período epidêmico 2007-2008. Essa análise resultou na identificação de aglomerados de bairros (clusters) com elevada  incidência de  dengue (hotspots) em 7 áreas, denominados Jacarepaguá, Centro, Ilhas, Guaratiba, Norte, Ocidental e Pedra. O aglomerado mais importante foi aquele constituído pelo ecossistema urbano da planície de Jacarepaguá. Estes diferentes ecossistemas urbanos diferem epidemiologicamente no sentido de quando e como o dengue é transmitido? No Rio de Janeiro, há um dengue de áreas altamente urbanizadas, um dengue de áreas médio-urbanizadas e um dengue de áreas cobertas por vegetação? Apesar de serem necessários estudos adicionais que tomem em consideração outros aspectos, o presente estudo indica que os diferentes ecossistemas urbanos observados podem repercutir na transmissão do dengue no Rio de Janeiro.

Palavras-chave: Dengue; Rio de Janeiro; ecossistema urbano.

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Publicado

2010-09-17