DAS CAPIVARAS E CARRAPATOS A UMA PROPOSTA DE COMUNICAÇÃO E MANEJO NO PARQUE NACIONAL DA SERRA DO CIPÓ PARA REDUÇÃO DE RISCOS À SAÚDE.
Palavras-chave:
Febre maculosa brasileira, gerenciamento de risco, manejo da paisagem, uso público, unidades de conservação.Resumo
Apresentamos um estudo de caso em que o foco das preocupações de manejo em uma área protegida se deslocou de uma evidente condenação pública a uma espécie silvestre, a capivara, para a construção de uma proposta coletiva de manejo da paisagem e de comunicação visando à redução da exposição das pessoas a carrapatos de modo a diminuir o risco de doenças a eles associadas. O caso aconteceu na região da Serra do Cipó, Minas Gerais, com forte apelo turístico, onde a abordagem de questões relativas a doenças transmissíveis é dificultada pelo trauma da quebra da economia local, baseada no turismo, em função da divulgação equivocada, há mais de 10 anos, de um caso de esquistossomose pela imprensa, com ampla repercussão. Investigou-se a presença de agentes causadores da Febre Maculosa Brasileira (FMB) por meio de exames sorológicos em cavalos, cães e capivaras e teste de hemolinfa seguido de exame de PCR dos carrapatos casos positivos. As formas de Rickettsia encontradas não pertencem ao grupo das relacionadas à FMB, mas esta informação não reduz a preocupação com a vigilância sanitária e cuidados com exposição a carrapatos.