BIOGEOGRAFIA DE MICRORGANISMOS: PADRÕES, DIFICULDADES E PERSPECTIVAS.

Autores

  • Fernanda Dall'Ara Azevedo Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Vinicius Fortes Farjalla Universidade Federal do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

Ecologia microbiana, biogeografia microbiana, ferramentas moleculares.

Resumo

Com o avanço das ferramentas moleculares, a ecologia e a diversidade dos micro-organismos têm recebido cada vez mais atenção pela comunidade científica. As ferramentas moleculares mais utilizadas são aquelas fundamentadas na técnica da Reação em Cadeia da Polimerase (do inglês, PCR) que permitem os estudos de organismos que não são cultiváveis em laboratório. Como a escolha do método molecular tem implicações no nível de resolução do estudo, os padrões de distribuição da diversidade de microrganismos (biogeográficos) surgem apenas quando são utilizadas técnicas que permitem uma resolução mais refinada. De maneira geral, os principais fatores responsáveis pelo surgimento de padrões biogeográficos são a especiação, a extinção e a dispersão, processos os quais ocasionam expansão ou contração da área de distribuição dos taxa. Desta forma, fatores como o tamanho, a abundância e as taxas de especiação de micro-organismos devem ser considerados. Por ser uma área relativamente nova, ainda há um intenso debate e questionamento sobre se micro-organismos são, de fato, estruturados da mesma forma que organismos multicelulares. Esta revisão tem como objetivo apresentar os limites conceituais e metodológicos nos estudos referentes à biogeografia de procariotos e da ecologia microbiana em geral, discutindo os processos que podem gerar padrões biogeográficos. Objetivamos também apresentar de forma sucinta as duas principais correntes existentes para biogeografia de microorganismos: 1) micro-organismos são amplamente distribuídos, apresentando uma alta riqueza local, entretanto uma baixa riqueza global, e 2) micro-organismos apresentam padrões biogeográficos semelhantes aos padrões observados para macro-organismos.

Biografia do Autor

Fernanda Dall'Ara Azevedo, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Instituto de Biologia, Departamento de Ecologia, Programa de Pós-Graduação em Ecologia (PPGE), Laboratório de Limnologia

Vinicius Fortes Farjalla, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Instituto de Biologia, Departamento de Ecologia, Laboratório de Limnologia

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Publicado

2010-12-31