OS MANGUEZAIS DA BAIXADA SANTISTA: UMA PROPOSTA PARA CLASSIFICAÇÃO

Autores

  • S O Rodrigues Universidade de São Paulo
  • Claudia Condé Camparelli l Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, Estadual de São Paulo
  • D O Moura Universidade de São Paulo
  • A C Bruni Universidade de São Paulo

Palavras-chave:

manguezal, Bertioga, Baixada Santista, degradação, metais pesado

Resumo

Com o propósito de fazer uma caracterização dos manguezais da Baixada Santista, em função do contínuo processo de degradação ao qual vêm sendo submetidos, foi realizado, no período de 1982 a 1986 um levantamento da estrutura o bosque e do nível de contaminação por metais pesados em 33 pontos de amostargem. Este trabalhoteve como objetivo principal agrupar os manguezais dessa região de acordo com suas propriedades estruturais e, com base nesses agrupamentos, desenvolver critérios para a classificação desse ecossistema segundo seu grau de degradação.

A partir dos grupos obtidos, observou-se a existência de um eixo transversal (direção NE/SW) entre a região de São Vicente e o estuário de Santos, que apresenta área de manguezal altamente degradada, enquanto que no sul do estuário de São Vicente e a leste, em direção à Bertioga, observa-se zonas caracterizadas por bosques menos degradados. A distribuição geográfica destas áreas sugere uma relação bastante acentuada entre a localização de eixo industrial de região e a concentração de áreas de manguezal que apresentam características de bosques altamente degradados.

Identificou-se também os parâmetros biológicos discriminantes que foram significativos nessa classificação: robustez e densidade. O parâmetro mais importante foi a densidade de árvores, que serviu de base para a realização de uma matriz que classifica os manguezais da Baixada Santista em três grupos: muito degradado, degradado, pouco degradado.

Publicado

2017-02-20