SIGNIFICADO ECOLÓGICO DA ORIENTAÇÃO DE ENCOSTAS NO MACIÇO DA TIJUCA, RIO DE JANEIRO

Autores

  • R R Oliveira Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • A S Zaú Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • D F Lima Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • M.B. R. Silva Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • M C Vianna Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • D O Sodré Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • P D Sampaio Universidade Federal do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

Morro da Boavista, Maciço da Tijuca, similaridade florística

Resumo

Apresentando uma orientação geral no sentido Nordeste-Sudoeste, o Maciço da Tijuca tem a sua maior extensão dividida em dois quadrantes: as encostas voltadas para o Norte e para o Sul. No sentido de se avaliar o significado ecológico destes domínios foi feito o estudo de algumas condições bióticas e abióticas no Morro da Boavista (716 m.s.m.), no Maciço da Tijuca. Em cada uma das vertentes foram delimitadas duas parcelas com 1250 m² cada, onde foram coletadas todas as espécies com DPA > 2,5 cm. A similaridade florística entre as mesmas foi determinada com o índice de Jaccard. A temperatura do ar nas duas encostas no período de setembro de 1987 a agosto de 1990 foi registrada por meio de termômetros de registro de máximas e mínimas e a umidade da serapilheira foi obtida pelo método gravimétrico. Quanto à distribuição das espécies nas vertentes, observa-se que do total, 25% são comuns às duas encostas, sendo que 34% são de ocorrência exclusiva da vertente Norte e 41% são exclusivas da Sul. Aplicando-se o índice de similaridade de Jaccard  obtém-se IS= 49,75%. Quanto à temperatura do ar constatou-se que as temperaturas máximas ocorreram em 100% dos casos na vertente Norte, sendo a diferença média das máximas entre as duas vertentes de 3,6°C. A umidade da serrapilheira na encosta Sul é 42% maior que na Norte, sendo necessários 3,1 dias para perda de 50% da umidade inicial contra 1,9 dias na encosta Norte. A isto atribui-se a maior susceptibilidade a incêndio s florestais do lado Norte e,  à conjunção deste fator com as taxas mais elevadas de deposição de poluentes, a progressiva destruição da cobertura florestal desta encosta.

Publicado

2017-02-20