O MANGUEZAL DO RIO CAVEIRAS, BIGUAÇÚ -- SC UM ESTUDO DE CASO. IV: PRINCIPAIS TENSORES E CAPACIDADE DE RECUPERAÇÃO DO ECOSSISTEMA

Autores

  • Clarisse Maria Neves Panitz Universidade Federal de Santa Catarina
  • Erico Porto Filho Universidade Federal de Santa Catarina

Palavras-chave:

Rio Caveiras, manguezal,

Resumo

O manguezal do rio caveiras sofreu, ao longo dos anos, diferentes tipos de tensores. A retilinização do rio levou a uma alteração profunda no sistema de circulação das águas e do próprio rio e ainda da natureza da fonte de alimentação de energia. Este tipo de tensor é muito severo, pois não afeta os aportes de energias subsidiárias, porém, remove biomassa e cria condições desfavoráveis ao sistema, como a hipersalinidade. A implantação de vias de acesso na área, devido a um loteamento, é outro forte tensor,causando profundas alterações no ecossistema, contribuindo, principalmente, para o assoreamento do rio Caveiras e para a modificação da hidrodinâmica do manguezal. Todos esses tensores levaram a uma drástica alteração do sistema, principalmente no seu substrato, cuja estabilidade é fundamental para o estabelecimento dos manguezais e marismas.O aspecto social (invasão por posseiros) é mais um forte tensor a atuar no local, o que dificulta ainda mais as tentativas de recuperação da área. Os tensores que atuam na área foram intensos e sua ação data de um longo tempo (mais de 30 anos), sendo que seus efeitos impossibilitam a minimização e,até mesmo, a recuperação do ecossistema. Além disso, a ação de um tensor ou vários, causa uma regressão do ecossistema e a intensidade dita o grau da mesma. Devido ao alto grau de impacto da área, se houvesse possibilidade de recuperação, essa ocorreria, no sentido do estabelecimento de um outro tipo de comunidade. Já evidencia-se na área, uma vegetação de transição, com espécies típicas como o algodoeiro-da-praia,o avencão-do-mangue, espinheiro, taboa e outras.;

Publicado

2017-02-20