AGLUTININAS DE ALGAS ANTÁRTICAS.
Palavras-chave:
Aglutininas, algas marinhas Antárticas, especificidade a açúcaresResumo
Desde a descoberta da presença de atividade hemaglutinante em extratos de algas marinhas em 1966, várias hemaglutininas (lectinas) de algas têm sido detectadas, isoladas e caracterizadas. Entretanto, novas informações surgem lentamente, em relação às características bioquímicas de lectinas de algas marinhas Antárticas. Hemaglutininas (lectinas) são proteínas ou glicoproteínas que se ligam, reversivelmente, a carboidratos. Dezoito espécies de algas marinhas Antárticas foram testadas quanto à presença de atividade hemaglutinante contra vários tipos de eritrócitos (coelho, galinha, carneiro, ovelha e humano dos grupos ABO). Os extratos protéicos foram preparados em tampão fosfato salino (PBS) pH 7,0. Diluições seriadas de extratos foram preparadas usando NaCl 0,85% e um volume igual de uma suspensão de eritrócitos a 2%, nativos ou tratados enzimaticamente, foi adicionada em cada tubo e incubada a 25 ºC por 60 minutos antes da análise da hemaglutinação. Quatorze espécies, entre dezoito, foram capazes de produzir hemaglutinação ao menos contra um tipo de células sangüíneas testadas. Extratos protéicos de três espécies foram submetidos a estudos de inibição da atividade hemaglutinante através da utilização de açúcares e glicoproteínas. A atividade do extrato de Adenocystis utriculares foi inibida somente por açúcares simples. Os outros dois extratos (Georgiella confluens e Gigartina skottsbergii) não foram inibidos por mono- e polissacarídeos, sendo inibidos somente por glicoproteínas.