ECOFISIOLOGIA DE CIANOBACTÉRIAS PRODUTORAS DE CIANOTOXINAS

Autores

  • Renato Molica Universidade Federal Rural de Pernambuco
  • Sandra Azevedo Azevedo Universidade Federal do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

Cianobactérias, microcistinas, saxitoxinas, anatoxina-a(s), anatoxina-a.

Resumo

As cianobactérias em razão de sua longa história evolutiva podem ser encontradas em praticamente todos os ecossistemas do Planeta. O processo de eutrofização dos ecossistemas aquáticos tem propiciado condições favoráveis para que as cianobactérias dominem a comunidade fitoplanctônica e formem florações. Dentre os aproximadamente 150 gêneros de cianobactérias conhecidos, 40 estão relacionados com a produção de toxinas. De acordo com suas estruturas químicas, as cianotoxinas podem ser incluídas em três grandes grupos: os peptídeos cíclicos, os alcalóides e os lipopolissacarídeos. Entretanto, por suas ações farmacológicas, as duas principais classes de cianotoxinas até agora caracterizadas são: neurotoxinas e hepatotoxinas. As neurotoxinas levam a óbito os animais vertebrados em razão de uma parada respiratória. De um modo geral, a ocorrência de florações de cianobactérias produtoras de hepatotoxinas são mais frequentes em todo mundo. Ainda não há compreensão clara da função das cianotoxinas. Algumas hipóteses apontam para um papel contra herbivoria do zooplâncton, outras de que as cianotoxinas poderiam atuar como quelantes de metais pesados e alguns autores acreditam que elas podem ter também um papel na comunicação intercelular. Além disso, também não está totalmente esclarecido como os fatores ambientais influenciam na produção das cianotoxinas. Como as microcistinas são as cianotoxinas com maior ocorrência em todo mundo, a maioria dos estudos de ecofisiologia foram realizadas com cepas produtoras daquelas toxinas. Trabalhos mais recentes indicam que as microcistinas poderiam desempenhar um papel relacionado ao controle da concentração de carbono inorgânico intracelular.

Biografia do Autor

Renato Molica, Universidade Federal Rural de Pernambuco

 

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Publicado

2017-02-20