LAGOA MÃE-BÁ (GUARAPARI-ANCHIETA, ES): UM ECOSSISTEMA COM POTENCIAL DE FLORAÇÃO DE CIANOBACTÉRIAS?

Autores

  • Bruna Cavati Universidade Federal do Espírito Santo
  • Bruna D'Ângela de Souza Universidade Federal do Espírito Santo
  • Raiany Gusso Machado Universidade Federal do Espírito Santo
  • Adriano Goldner Costa Universidade Federal do Espírito Santo

Palavras-chave:

Cianobactérias fitoplanctônicas e perifíticas, lagoa costeira, ecologia.

Resumo

Esta é uma síntese de pesquisas realizadas durante três anos na lagoa Mãe-Bá (ES) as quais objetivaram avaliar a estrutura e dinâmica das comunidades de cianobactérias fitoplanctônicas e perifíticas, identificar as cianobactérias com possibilidade de produção de toxinas e analisar se a lagoa representa um ecossistema com potencial de floração de cianobactérias. Foram determinadas as variáveis ambientais e limnológicas e avaliadas as variações espaciais (quatro estações amostrais) e temporais (fases de seca e chuva) dos atributos das comunidades. Todas as pesquisas registraram elevadas densidades de cianobactérias. Em termos espaciais e temporais, houve certa homogeneidade na riqueza de táxons e composição específica, porém heterogeneidade na densidade. As estações amostrais 1 (Barragem Norte) e 2 (Aglomerado Mãe-Bá) e a época seca apresentaram maiores valores de densidade. Os táxons com maior representatividade numérica, em ambas as comunidades, foram Synechococcus spp., Synechocystis aquatilis, S. diplococca, Pseudanabaena catenata, P. papillaterminata, Limnothrix redekei, Planktolyngbya limnetica e Microcystis sp., sendo todos já registrados em literatura com cepas tóxicas. As cianobactérias são favorecidas na lagoa Mãe-Bá por temperatura, pH e nutrientes. Portanto, a lagoa Mãe-Bá representa um ecossistema com potencial floração de cianobactérias, sendo o fósforo o principal recurso limitante à ocorrência de florações.


 

Publicado

2017-02-20