ANTARCTIC ~ SOUTH AMERICAN INTERACTIONS IN THE MARINE ENVIRONMENT: A COMARGE AND CAML EFFORT THROUGH THE SOUTH AMERICAN CONSORTIUM ON ANTARCTIC MARINE BIODIVERSITY

Autores

  • Lúcia de Siqueira Campos Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
  • Manuela Bassoi Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
  • Cristina Nakayama Universidade Federal de São Paulo
  • Yocie Yoneshigue Valentin Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
  • Helena Passeri Lavrado Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
  • Lenaick Menot IFREMER
  • Myriam Sibuet IFREMER

Palavras-chave:

Antarctic, South America, continental margin, biodiversity, pelagic, benthos, top predators

Resumo

INTERAÇÕES    ANTÁRTICO-SUL    AMERICANAS    NO    AMBIENTE    MARINHO:    UM ESFORÇO  DO COMARGE  E  CAML  ATRAVÉS  DO  CONSÓRCIO  SUL  AMERICANO  SOBREBIODIVERSIDADE MARINHA ANTÁRTICA . O estudo do isolamento da Antártica dos outros continentes pelo Oceano Austral é relevante para a compreensão dos padrões de circulação nos oceanos de modo geral, na atmosfera e como as comunidades biológicas têm respondido às mudanças ambientais no passado e no presente. O conhecimento detalhado do estado passado e presente da Antártica é globalmente significante para se predizer como seu futuro pode afetar o sistema terrestre. Comparações entre a Antártica e outros fragmentos da Gonduana, o estudo de mudanças climáticas e influências antrópicas no ambiente antártico são críticos para a compreensão da evolução e estruturas de comunidades biológicas atuais na Antártica e sua relação com a biota fora da Frente Polar. O ultimo continente a separar-se da Antártica foi a América do Sul, o que ocorreu no Oligoceno, fato responsável pelo isolamento da Antártica. A combinação deste isolamento e as mudanças climáticas levaram a Antártica a possuir uma biota rica em táxons endêmicos, também no ambiente marinho. Mas quão isolada é a Antártica? Esta tem sido uma das principais questões levantada por muitos anos e dentro dos programas de pesquisa do SCAR (EBA, AGCS, ACE). As potenciais conexões bióticas entre a Antártica e os continentes circundantes, e se existem trocas de fauna e flora entre eles têm sido averiguadas por mais de um dos projetos do Censo de Vida Marinha. Neste contexto, o gradiente latitudinal de biodiversidade entre a Antártica e América do Sul é particularmente interessante de ser investigado especialmente pela proximidade entre esses continentes e o fato deles terem se separado há uns 35 milhões de anos atrás. Aqui, fornecemos uma contextualização histórica para o “Consórcio Sul Americano sobre Biodiversidade Marinha no escopo do Censo de Vida Marinha Antártica -- LA CAML (sigla em ingles)”, suas interações com o projeto “Ecossistemas de Margens Continentais em Escala Global (COMARGE, sigla em inglês)”, também do Censo de Vida Marinha e, além disso, apresentamos alguns resultados dessas interações e os trabalhos que compõe este volume. Os eventos “LA CAML/ BioMAntar /COMARGE Oficina de Trabalho e Simpósio Integrados”, permitiu agregar dados disponíveis coletados tanto na Antártica, quanto na América do Sul ou nos dois continentes, os quais têm se mostrado relevantes para nossa melhor entendimento de suas associações. Aproximadamente 10.000 registros de espécies de microorganismos a predadores de topo de teia alimentar foram levantados durante a oficina de trabalho.  Os nematodos  apresentaram  o  maior  número  de registros  seguidos pelos crustáceos, anelídeos, moluscos, equinodermos e uma série de outros grupos, e de todos os registros aproximadamente 173 espécies, em princípio, são compartilhadas entre a Antártica e a América do Sul. Estas foram oportunidades para cientistas trocarem informações entre si e discutir sobre as potenciais conexões de biodiversidade entre a Antártica e América do Sul, considerando-se todos os domínios marinhos e uma amplitude batimétrica de zonas costeiras a abissais (> 4000 m de profundidade), além do componente humano dessas conectividades.

Palavras-chave: Antártica; América do Sul; margem continenta; biodiversidade; pelágico; bentos; predadores topo.

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Publicado

2017-02-20