BIOGEOGRAPHY AND CONNECTIVITY BETWEEN WESTERN SOUTH AMERICAN AND ANTARCTIC MARINE MOLLUSCS

Autores

  • Rafael Da Rocha Fortes Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
  • Ricardo Silva Absalão Universidade Federal do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

Biogeography, Diversity Gradient, Rapoport´s Rule, Antarctic, Marine Mollusca.

Resumo

BIOGEOGRAFIA  E  CONECTIVIDADE  ENTRE A  MALACOFAUNA  DA  COSTA  OESTE  SUL AMERICANA  E ANTÁRTICA.  O  gradiente  de  diversidade  associado  à  latitude  é  bastante  reconhecido, levando muitos pesquisadores a acreditarem no empobrecimento da fauna Antártica. Entretanto, o aumento do esforço amostral, mostrou uma grande diversidade de organismos marinhos na Antártica, com um elevado endemismo para alguns grupos. Este endemismo pode estar associado ao isolamento e as mudanças climáticas ocorridas ao longo do tempo evolutivo. Entretanto, evidências recentes mostraram a conectividade da fauna antártica e sul americana. Este trabalho utilizou dados provenientes do Malacolog 4.1.1. A área geográfica foi a costa atlântica da América do Sul e áreas adjacentes da Antártica (Península Antártica, parte do mar de Weddell e o arco de ilhas Scotia). Nossa amostragem levantou 6517 espécies de moluscos. A província com maior riqueza foi a Plataforma Continental do Norte do Brasil e a menor foi a do mar de Scotia. A taxa de endemismo para as menores latitudes foi cerca de 15%, contrário ao elevado endemismo na província do mar de Scotia (40%). A maior riqueza foi encontrada na ecoregião da Guiana, e a menor na da Península Antártica. A maioria das ecoregiões possui endemismo em torno de 3%, sendo o maior na Georgia do Sul. O gradiente de riqueza foi corroborado. A análise de grupamento para a malacofauna mostrou quarto grupos significantes. A Regra de Rapoport batimétrica mostrou um aumento da amplitude batimétrica nas ecoregiões das maiores latitudes e a Regra de Bergmann mostrou a sua relação oposta. A elevada riqueza em 25 o  S pode estar relacionada aos recifes de corais e algas calcáreas. Nas latitudes medianas, observou-se uma elevada riqueza, além de corresponder á um ecótono entre espécies com afinidade termófilas e criófilas. A análise de grupamento validou três províncias propostas por Spalding, todavia invalidou a província da Plataforma Continental do Norte do Brasil. O elevado endemismo observado nas províncias Magelânica e do Mar de Scotia comprovam o isolamento da Antártica, embora a análise de grupamento tenha mostrado uma conexão com a América do Sul. A Regra de Bergmann invertida pode ser explicada pelo curto período favorável ao crescimento que limitaria o tamanho corporal fenotípico nestas regiões.

Palavras-chave: Oceano Atlântico; gradiente de diversidade; regra de Rapoport; Antártica; moluscos marinhos.

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Publicado

2017-02-20