EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA DOS RESERVATÓRIOS DE HIDRELÉTRICAS: IMPLICAÇÕES DE UMA POSSÍVEL LEI DE POTÊNCIA

Autores

  • Salvador Pueyo Instituto Catalã de Mudanças Climáticas-IC3
  • Phillip M. Fearnside Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Palavras-chave:

Aquecimento global, Barragens, Brasil, Carbono, Efeito estufa, Metano

Resumo

Hidrelétricas emitem gases de efeito estufa, sobretudo metano (CH4) formado pela decomposição de matéria orgânica sob condições anóxicas no fundo dos reservatórios. Uma parte do metano é liberada por ebulição e difusão através da superfície do reservatório, enquanto a outra parte é liberada através da água que passa pelas turbinas e pelos vertedouros.  A emissão de metano  que ocorre a partir da superfície do reservatório tem sido calculada em estimativas da ELETROBRÁS e em uma publicação de M.A. Santos e co-autores em 2008 nesta revista, usando uma lei de potência, que resultou em uma estimativa de emissão de CH4 79% menor do que a média aritmética das medidas que serviram como a base do cálculo.  Aqui mostramos que o ajuste aplicado aos números estava baseado em vários erros matemáticos, e que o valor real deve ser maior, e não menor, que a média aritmética.  Para os 33 mil km2 de reservatórios brasileiros, o impacto total da sub-estimativa das emissões de CH4 pela superfície da água dos reservatórios é maior que a emissão da queima de combustível fóssil na grande São Paulo.

Biografia do Autor

Salvador Pueyo, Instituto Catalã de Mudanças Climáticas-IC3

Ecologia

Phillip M. Fearnside, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

ECOLOGIA

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Publicado

2017-02-20