ECOLOGIA QUÍMICA MARINHA: ORIGEM, EVOLUÇÃO E PERSPECTIVAS NO BRASIL

Autores

  • Renato Crespo Pereira Universidade Federal Fluminense
  • Aline Santos de Oliveira Universidade Federal Fluminense
  • Daniela Bueno Sudatti Universidade Federal Fluminense

Palavras-chave:

ecologia química marinha, interações químicas, defesas químicas, alelopatia.

Resumo

Este relatório analisou as informações sobre o desenvolvimento da ecologia química marinha no Brasil desde sua origem até setembro de 2010 através da análise das publicações científicas e formação profissional em diferentes níveis.  Os estudos básicos de macroalgas foram predominantes, principalmente aqueles focados no efeito de extratos e algumas substâncias puras avaliadas como defesas químicas contra consumidores. As abordagens de macroalgas também constituem importantes contribuições relacionadas com a estrutura e função, a variação intra-populacional, armazenamento e transporte de defesas químicas. No entanto, o número de estudos de ecologia química de invertebrados mostrou-se reduzido, os quais verificaram a presença e a atividade de metabólitos secundários, sinalização química para hospedeiros e defesas químicas em espécies exóticas.  A ecologia química marinha brasileira tem evoluído em consonância com esta ciência no mundo, uma vez que predominam as publicações em revistas científicas de ampla circulação. Apesar do número de profissionais da química marinha ter aumentado recentemente, o desenvolvimento nacional continua a ser lento devido ao número reduzido de doutores formados. Considerando a contribuição de fatores genéticos e ambientais para a produção de sinais químicos, a expansão de pesquisas e formação profissional, essencialmente de doutores, deve ser a base para a compreensão do padrão de abundância e de ação dos metabólitos secundários e suas funções na estrutura das comunidades marinhas.

Biografia do Autor

Renato Crespo Pereira, Universidade Federal Fluminense

Departamento de Biologia Marinha

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Publicado

2017-02-20