ESTRUTURA DAS ASSEMBLÉIAS DE CLADÓCEROS EM RESERVATÓRIOS NOS ESTADOS DE SÃO PAULO E PARANÁ: GRADIENTES ESPACIAIS E GRAU DE TROFIA

Autores

  • Francini Vila dos Santos
  • Claudia Costa Bonecker UEM- Universidade Estadual de Maringá
  • Fábio Amadeo Lansac-Toha UEM Universidade Estadual de MAringá

Palavras-chave:

Cladóceros, reservatórios, riqueza, diversidade beta, abundância

Resumo

Este trabalho objetivou avaliar as variações espaciais e temporais da riqueza de espécies, diversidade beta e abundância de cladóceros em reservatórios do sul e sudeste do Brasil. Pressupondo que a riqueza de espécies e a abundância dos cladóceros fossem maiores na região de transição, e em especial nos reservatórios eutróficos, e a diversidade beta e dominância de espécies fossem menores nesta região e nestes reservatórios. As assembléias de cladóceros foram amostradas, trimestralmente, à sub-superfície, na zona de mistura e na camada mais profunda da coluna da água, em três regiões (fluvial, transição e lacustre) de seis reservatórios com diferentes graus de trofia (oligo a eutrófico), nos períodos de chuva e estiagem de 2002. Os maiores valores de riqueza de espécies foram registrados em um reservatório oligotrófico e em outro eutrófico bem como uma grande variação desse atributo neste último. Por outro lado, a menor riqueza específica média foi observada no outro reservatório oligotrófico, bem como uma grande variação do número de espécies. Os maiores valores médios de diversidade beta foram nas regiões de transição de um reservatório mesotrófico e outro oligotrófico, entretanto a maior variabilidade tenha sido observada na região fluvial do reservatório eutrófico. Em relação à abundância dos cladóceros os maiores valores encontraram-se nos reservatórios eutróficos. Por outro lado, o menor número de organismos foi constatado nos reservatórios oligotróficos desta forma a variação da abundância em relação ao grau de trofia dos reservatórios foi significativa. Os resultados não corroboram  totalmente com a hipótese testada. No entanto, sugere-se que a hidrodinâmica dos reservatórios, ressaltada pelas diferenças da velocidade de corrente e a vazão, em função do manejo deste ambiente, foram fatores preponderante na diversidade de espécies de cladóceros (riqueza específica e alteração da composição de espécies). A abundância desses microcrustáceos também foi influenciada pela hidrodinâmica, bem como a quantidade de alimento disponível (biomassa fitoplanctônica) e a trofia de cada reservatório.

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Publicado

2017-02-20