RADIOECOLOGIA DE RESERVATÓRIOS APLICADA À RADIOPROTEÇÃO AMBIENTAL: ESTUDO DE CASO NO BRASIL

Autores

  • Wagner de Souza Pereira Indústrias Nucleares do Brasil / MCT
  • Alphonse Kelecom UFF
  • Delcy de Azevedo Py Júnior INDÚSTRIAS NUCLEARES DO BRASIL

Palavras-chave:

Radioecologia, radioproteção ambiental, radionuclídeos naturais, mineração de urânio

Resumo

A radioecologia se ocupa do estudo do comportamento dos radionuclídeos no ambiente e a radioproteção ambiental se ocupa de evitar os efeitos biológicos deletérios das exposições à radiação. Para atingir esses objetivos, ambas as ciências se utilizam de modelos de dispersão ambiental e dosimétricos, que são dependentes de fatores de transferência ambientais (FTA). Para avaliar o impacto ambiental radiológico (IAR) em reservatórios, foi proposto um modelo de dispersão ambiental de radionuclídeos baseado na divisão do reservatório em compartimentos ambientais interligados por FTA. A Agência Internacional de Energia atômica (IAEA, na sigla em inglês) propõe FTA's baseados em médias mundiais para diversos radionuclídeos que são largamente utilizados para avaliações de impacto de instalações que manipulam os radionuclídeos. O presente trabalho visa estimar valores locais dos FTA's, fatores de bioacumulação e coeficiente de partição para os radionuclídeos 238U, 232Th, 226Ra, 228Ra e 210Pb, em dois reservatórios. Um dos reservatórios está localizado na zona de transição caatinga-cerrado (sudoeste do estado da Bahia) e outro na zona de transição floresta tropical-cerrado (sul do estado de Minas Gerais) e compará-los com os valores recomendados pela IAEA. Por fim, o resultado do modelo de dispersão foi utilizado para alimentar modelos dosimétricos visando gerar uma IAR baseada no cálculo de dose na biota. A utilização de valores de FTA's estimados localmente e dos recomendados pela IAEA gerou avaliações diferentes em ordens de grandeza, sendo que os valores recomendados pela IAEA resultaram em IAR uma ordem de grandeza maior que pela utilização dos FTA's estimados localmente. Esse fato aponta a necessidade de estabelecimento de FTA's locais. Os valores recomendados pela IAEA se mostraram conservadores, podendo ser utilizados para avaliações preliminares.

Biografia do Autor

Wagner de Souza Pereira, Indústrias Nucleares do Brasil / MCT

Biólogo, ecologia (UFRRJ). especialista em Ciências Ambientais, ecologia química (UFRRJ), Especialista em biologia marinha, radioecologia marinha (UFF), mestre em biologia marinha (radioecologia marinha), doutor em biologia marinha, radioproteção ambiental (UFF), especialista em radioecologia (CRBio-02), credenciado como supervisor de radioproteção, medidores nucleares, perfilagem de poços de petróleo, gerência de rejeitos radioativosm e mineração e beneficiamento de minérios de urânio e tório (CNEN). Biólogo Sênior das Industrias Nucleares do Brasil / MCT

Alphonse Kelecom, UFF

Professor titular do Instituto de Biologia da Universidade Federal Fluminense

Delcy de Azevedo Py Júnior, INDÚSTRIAS NUCLEARES DO BRASIL

FÍSICO, MESTRADO EM ENGENHARIA NUCLEAR, SUPERVISOR DE RADIOPROTEÇÃO EM MINERAÇÃO E BENEFICIAMENTO DE MINÉRIO CONTENDO URÃNIO E TÓRIO, COORDENADOR DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA DAS INDÚSTRIAS NUCLEARES DO bRASIL

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Publicado

2017-02-20