EXPOSIÇÃO DE CETÁCEOS A COMPOSTOS BUTILESTÂNICOS: UMA REVISÃO

Autores

  • Priscila Ferreira Schilithz UERJ
  • Paulo Renato Dorneles UFRJ
  • José Lailson Brito UERJ

Palavras-chave:

Agente antiincrustante, estanho, TBT, toxicidade

Resumo

Durante as últimas décadas, observou-se um aumento da preocupação em relação aos ecossistemas marinhos devido à grande entrada de poluentes, resultando em efeitos deletérios em organismos aquáticos e seres humanos. Dentre as atividades humanas que podem introduzir compostos tóxicos persistentes e bioacumulativos (PBTs) no ambiente marinho está o uso de tintas anti-incrustrantes, aplicadas nos cascos de navios para evitar que algas, mexilhões e outros organismos se fixem às embarcações. Não raramente, compostos organoestânicos (OTs) como o Tributilestanho (TBT) ou o Trifenilestanho (TPT) constituíam o princípio ativo de tal preparado. Devido à alta toxicidade desses compostos, a IMO (Organização Marítima Internacional), baniu totalmente o uso dos mesmos. Como os OTs são prontamente bioacumulados, elevadas concentrações vêm sendo encontradas em cetáceos. A presente revisão aborda a elevada exposição de mamíferos marinhos aos OTs e a possível influência de parâmetros biológicos, discutindo dados relativos às concentrações hepáticas de diversas espécies de cetáceos em diferentes regiões do globo. Elevados níveis de TBT foram encontrados em cetáceos mesmo após seu banimento, sendo tais altas concentrações observadas principalmente em espécies ocorrentes em países desenvolvidos.

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Publicado

2017-02-22

Edição

Seção

Artigo de Revisão