SUBSTITUTOS DA DIVERSIDADE: FUNCIONALIDADE E LIMITAÇÕES

Autores

  • Sabrina Cassimiro Fonseca Oliveira Universidade de Brasília
  • Rosana Tidon Universidade de Brasília

Palavras-chave:

bioindicadores, Congruência, conservação, hotspot, riqueza

Resumo

Dada a enorme complexidade dos ecossistemas e a disponibilidade limitada de recursos, os biólogosconservacionistas têm buscado estratégias para predizer a diversidade total de um ambiente, sem a obrigatoriedade deconhecer, individualmente, a diversidade de cada grupo de organismos do local. O presente trabalho faz uma revisão deestudos que abordam substitutos da diversidade, particularmente os dois tipos mais discutidos na literatura: táxonsbioindicadores e abordagens em níveis taxonômicos acima de espécie. Vários estudos têm demonstrado que medidas dediversidade de diferentes grupos de organismos (p.ex.: riqueza de espécies, equitabilidade e composição específica)apresentam pouca ou nenhuma correspondência entre si. Isso gera muitos questionamentos sobre a validade da aplicaçãode substitutos da diversidade. Sabe-se que a correlação entre medidas de diversidade é influenciada pelo método estatísticoutilizado, pelas escalas espaço-temporais, pelo tamanho do esforço amostral e pelo tipo de hábitat. Tais fatores, entretanto,têm sido negligenciados em alguns estudos. Até o presente momento, não há subsídios suficientes para instituir qualquergrupo de organismos como substituto incondicional da diversidade de outros grupos, nem como um subconjuntomensurável da diversidade regional. No entanto, por esta ser uma linha de pesquisa relativamente nova, os substitutos dadiversidade ainda devem ser explorados, abordando outras medidas de diversidade, em escalas espaciais bem definidas,na tentativa de encontrar uma alternativa que permita sua aplicação visando o estabelecimento de áreas protegidas.

Biografia do Autor

Sabrina Cassimiro Fonseca Oliveira, Universidade de Brasília

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Santa Catarina (2004) e mestrado em Biologia Animal pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2007). Atualmente é doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal na Universidade de Brasília. Tem experiência nas áreas de Zoologia e Ecologia, com ênfase em Taxonomia e Ecologia de drosofilídeos. Sua linha de pesquisa atual está inserida em Biologia da Conservação, voltada especificamente para o desenvolvimento de bioindicadores robustos. Apresenta também experiência didática como professora de Ciências para as séries finais do Ensino Fundamental e como professora de Biologia para o Ensino Médio.

Rosana Tidon, Universidade de Brasília

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Santa Catarina (2004) e mestrado em Biologia Animal pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2007). Atualmente é doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal na Universidade de Brasília. Tem experiência nas áreas de Zoologia e Ecologia, com ênfase em Taxonomia e Ecologia de drosofilídeos. Sua linha de pesquisa atual está inserida em Biologia da Conservação, voltada especificamente para o desenvolvimento de bioindicadores robustos. Apresenta também experiência didática como professora de Ciências para as séries finais do Ensino Fundamental e como professora de Biologia para o Ensino Médio.

Publicado

2017-02-22

Edição

Seção

Artigo de Revisão