PERCEPÇÕES DECOLONIAIS NO SAMBA E ATRAVÉS DELE: UM OLHAR SOBRE OS DESFILES ASSINADOS POR ALEXANDRE LOUZADA

Autores/as

  • Rafael dos Santos Moreira Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Max Fabiano Rodrigues de Oliveira Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.61358/policromias.v5i2.38451

Palabras clave:

escolas de samba, subalternidade, decolonialidade (e) perspectiva negra

Resumen

O presente ensaio situa a contribuição de alguns desfiles de escolas de samba para o engajamento de seus componentes e da sociedade em face da perspectiva decolonial, na figura do carnavalesco Alexandre Louzada. A investigação dos desfiles se deu através de vídeos e documentos virtuais. Os seguintes aportes teóricos foram utilizados: Colaço; Damázio (2012), Costa; Grosfoguel (2016), Lopes; Simas (2015), Penna (2014) e Reis; Andrade (2013). De acordo com o que foi analisado, pretende-se:  a) abordar como as narrativas voltadas para a comunidade do samba e negra, em geral, transformou-se em discurso; b) afirmar que esses desfiles enalteceram a própria voz subalterna, protagonista nos marcos socioculturais inerentes à imagem nacional; c) observar o carnaval como fonte de saber para os próprios componentes e espectadores com base no pensamento decolonial.

Biografía del autor/a

Rafael dos Santos Moreira, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Graduando em Licenciatura em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ. Membro estudante do Observatório de Carnaval (OBCAR/LABEDIS/MN) nas linhas de pesquisa em Antropologia, Sociologia e Historicidade carnavalesca e Artes e Carnaval.

Max Fabiano Rodrigues de Oliveira, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Doutorando‌ ‌pelo‌ ‌Programa‌ ‌de‌ ‌Pós-Graduação‌ ‌em‌ ‌História‌ ‌da‌ ‌UFRRJ‌ ‌-‌ ‌Universidade‌ ‌Federal‌ ‌Rural‌ ‌do‌ ‌Rio‌ ‌de‌ ‌Janeiro. Possui experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil, atuando principalmente nos seguintes temas: história agrária, história da Baixada Fluminense, pós-abolição, trajetória familiar.

Citas

COLAÇO, T. L; DAMÁZIO, E. S. P (org.). Novas perspectivas para a antropologia jurídica na América Latina: o direito e o pensamento decolonial. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2012.

COSTA, J. B.; GROSFOGUEL, R. “Decolonialidade e perspectiva negra”. Sociedade e Estado, Brasília, v. 31, n. 1, p. 15-24, 5 dez. 2016. Disponível em: <https://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/article/view/6077/5453>. Acesso: 12.jul.2020.

LOPES, Nei; SIMAS, Luiz Antônio. Dicionário da História Social do Samba. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015.

LINO, Tayane Rogeria. O lócus enunciativo do sujeito subalterno: fala e emudecimento. Anuário de Literatura, Florianópolis, v. 20, n. 1, p. 74-95, maio 2015. ISSN 2175-7917. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/2175-7917.2015v20n1p74>. Acesso: 20.jul.2020.

PENNA, C. “Paulo Freire no pensamento decolonial: um olhar pedagógico sobre a teoria pós-colonial latino-americana”. Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas, Brasília, v. 8, n. 2, p. 164-180, 30 dez. 2014. Disponível em: <https://periodicos.unb.br/index.php/repam/article/view/16133/14421>. Acesso: 03.ago.2020.

REIS, M. DE N.; ANDRADE, M. F. F. DE. “O pensamento decolonial: análise, desafios e perspectivas”. Revista Espaço Acadêmico, Maringá, v. 17, n. 202, p. 01-11, 10 mar. 2018. Disponível em: <http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/41070/21945> Acesso: 10.ago.2020.

SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar?. Tradução de Sandra R. Goulart Almeida; Marcos Feitosa; André Feitosa. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

Publicado

2021-01-22