METÁFORA VISUAL E MONTAGEM EM PERTO DO CORAÇÃO SELVAGEM, DE CLARICE LISPECTOR
DOI :
https://doi.org/10.61358/policromias.2024.v9n2.63738Résumé
Este artigo tem como objetivo investigar a presença da linguagem cinematográfica no romance Perto do coração selvagem, de Clarice Lispector, publicado em 1943. Pretende-se, a partir da leitura analítico-interpretativa da obra, compreender como a escrita literária reelabora as estratégias cinematográficas e dialoga com elas. No caso de Lispector, a desestruturação espaço-temporal orquestra o tempo nessa obra de modo muito semelhante ao procedimento fílmico, pois, para a obtenção do sentido entre os capítulos e as partes do texto, recorre a um processo análogo ao da montagem cinematográfica, já que é a partir dela que se abre espaço para a progressão narrativa. Logo, a perspectiva aqui adotada não diz respeito apenas a comparar duas linguagens diversas, isto é, literatura e cinema, mas a permanecer no domínio da escrita e investigar como ela corrobora traços de uma linguagem ligada à visualidade.
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© Policromias - Revista de Estudos do Discurso, Imagem e Som 2024
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